Representantes da indústria e de universidades alemãs visitam a FAPESP para a identificação de temas de pesquisa em comum visando ao desenvolvimento futuro de projetos de pesquisa (foto: T. Romero)

Conhecimento para a pesquisa
09 de outubro de 2008

Representantes da indústria e de universidades alemãs visitam a FAPESP para a identificação de temas de pesquisa em comum visando ao desenvolvimento futuro de projetos de pesquisa

Conhecimento para a pesquisa

Representantes da indústria e de universidades alemãs visitam a FAPESP para a identificação de temas de pesquisa em comum visando ao desenvolvimento futuro de projetos de pesquisa

09 de outubro de 2008

Representantes da indústria e de universidades alemãs visitam a FAPESP para a identificação de temas de pesquisa em comum visando ao desenvolvimento futuro de projetos de pesquisa (foto: T. Romero)

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP – A pedido da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha, o presidente da FAPESP, Celso Lafer, recebeu na quarta-feira (8/10), na sede da Fundação, em São Paulo, representantes da indústria e de universidades alemãs para a exploração de temas de interesse comum.

O objetivo da delegação alemã, apoiada pelo Ministério Alemão de Formação e Pesquisa, foi ter contato com as áreas do conhecimento apoiadas pela FAPESP para verificar possibilidades de parcerias futuras, não só com a Fundação, mas também com a comunidade de pesquisadores e empresários do Estado de São Paulo.

“Estamos à procura de parceiros brasileiros em pesquisa científica, tecnológica e desenvolvimento de projetos, que possam trabalhar de forma bilateral e trazer benefícios para ambos os países”, disse Helmut Kergel, vice-diretor da Unidade de Negócios das Redes de Competência da Associação dos Engenheiros Alemães e da Associação da Indústria Elétrica, Eletrônica e de Informática da Alemanha, à Agência FAPESP.

“A FAPESP atua diretamente com os pesquisadores paulistas, fazendo um papel de facilitadora para a geração de futuras invenções. A conversa com a Fundação foi muito positiva e a nossa previsão é que essa troca de informações possa gerar parcerias já em 2009, quando idéias poderão ser transformadas em projetos”, afirmou Kergel, que, por representar cerca de cem empresas e institutos de pesquisa na Alemanha, foi o coordenador da visita no Brasil.

Segundo ele, as relações com as instituições brasileiras deverão ficar ainda mais estreitas durante a Ecogerman, uma feira de negócios que será realizada em março de 2009, na capital paulista, quando serão apresentados produtos e serviços e discutidos temas ligados à segurança energética e à proteção climática entre as duas nações.

Além de conhecer as modalidades de apoio à pesquisa científica, tecnológica e de inovação oferecidas pela FAPESP, os alemães apresentaram suas áreas de interesse, que estão inseridas no setor das tecnologias do meio ambiente, subdivididas basicamente em mudanças climáticas, eficiência energética e sustentabilidade.

“Os representantes alemães são ligados à área de pesquisa no setor produtivo, com forte vínculo com a pesquisa básica e aplicada. Essa aproximação mostra a importância do tema da internacionalização para as universidades brasileiras e para a FAPESP”, disse Lafer.

“Por isso daremos seqüência a esses contatos com o objetivo de ver em que medida eles contribuirão para o adensamento desse tipo de interação que a internacionalização do conhecimento favorece, cujo papel é sinérgico na área da pesquisa e na formação de recursos humanos”, afirmou o presidente da FAPESP.

Na ocasião, os representantes da indústria alemã apresentaram seus projetos em reciclagem de eletroeletrônicos, enquanto que os das entidades de ensino e pesquisa falaram sobre estudos de interesse na área de monitoramento climático e fontes renováveis de energia.

A engenheira Cecilia Colodel, pesquisadora do Departamento de Física da Construção da Universidade de Stuttgart, disse que a reunião foi motivada pelos resultados de uma pesquisa de mercado realizada no Brasil pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha, focada em comércio de eletroeletrônicos e em tecnologias dos recursos renováveis.

“Esse estudo gerou uma lista de instituições no Brasil, entre empresas, universidades e entidades de financiamento a pesquisa, entre elas a FAPESP. Então viemos ao Brasil visando a identificar pontos em comum e temas futuros de pesquisa com essas entidades”, disse Cecilia.

Nesse sentido, a criação de um amplo programa de pesquisa em conjunto, além do intercâmbio de pesquisadores dos dois países, também foram alternativas não descartadas por ambos os lados. “Estamos trabalhando com a possibilidade de elaboração de um programa de pesquisa que envolva a FAPESP, outros parceiros no Brasil e instituições alemãs”, destacou.

Também estiveram presentes na reunião Rebecca Ilsen, pesquisadora do Instituto de Administração de Empresas Industriais e de Produção Industrial da Universidade de Karlsruhe, Semih Severengiz, professor do Instituto de Máquinas, Ferramentas e Gestão Fabril da Universidade Técnica de Berlim, Carsten Eichert, gerente da Encros, empresa de consultoria especializada na utilização de recursos naturais e na responsabilidade empresarial, Sebastian Kernbaum, engenheiro da Encros, localizada em Handorf, e Marie-Anne Van Sluys, professora do Instituto de Biociências (IB) da Universidade de São Paulo (USP).
 

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