Marco Antonio Zago em Conferência Livre realizada na Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (foto: Rede de Pesquisa - FGV)

Política de CT&I
Conferência Nacional de CT&I mobiliza debates em todo o país
16 de abril de 2024

FAPESP participou da organização da Conferência Estadual de CT&I, de duas Conferências Temáticas e esteve presente em diversos outros encontros

Política de CT&I
Conferência Nacional de CT&I mobiliza debates em todo o país

FAPESP participou da organização da Conferência Estadual de CT&I, de duas Conferências Temáticas e esteve presente em diversos outros encontros

16 de abril de 2024

Marco Antonio Zago em Conferência Livre realizada na Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (foto: Rede de Pesquisa - FGV)

 

Agência FAPESP – A 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, a ser realizada entre os dias 4 e 6 de junho, em Brasília (DF), tem mobilizado agências de fomento, universidades, instituições de pesquisa, órgãos empresariais e de governo em debates que têm como objetivo subsidiar a elaboração de uma nova Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI) para o período 2024-2030.

A FAPESP, além de ter participado da organização da Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (CECTI) e de duas Conferências Temáticas – Colaboração Universidade-Empresa e Ciência e Tecnologias Quânticas –, também tem estado presente em vários desses debates.

Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP, participou de encontro promovido pelos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e de Relações Exteriores (MRE), que teve como tema a internacionalização da CT&I, no Palácio do Itamaraty, em Brasília, em 5 de abril, e de um debate sobre políticas para CT&I baseadas em evidências organizado pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, no dia 3 de abril.

No encontro em Brasília, Zago elencou os três grandes desafios para o avanço da CT&I no país: escassez de investimentos federais e estaduais, gargalos na formação de recursos humanos e ausência de linhas estratégicas claramente definidas para articular ações das diversas instâncias de governo, agências de fomento, entre outros atores. “É como se cada um tivesse uma agenda própria, desarticulada da realidade nacional”, afirmou.

Os problemas na formação de recursos humanos, em sua avaliação, são uma questão central. “Entre 2016 e 2021, o número de graduados caiu 11% em todas as áreas do conhecimento, exceto na de saúde. Precisamos de ações ousadas e coordenadas: reforma do ensino universitário e da pós-graduação, tornar atrativas as bolsas para estudantes pagando bem e resolver o problema da previdência para os pós-doutorandos.”

A íntegra dos debates no Itamaraty está disponível no canal do MCTI no YouTube.

Na Fundação Getúlio Vargas, Zago já tinha apontado o problema da falta de coordenação entre os agentes do sistema de CT&I no país, num debate sobre governança que teve como moderador Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo (CTA) da FAPESP.

“O quadro nacional se caracteriza pela ausência de linhas estratégicas para o governo federal, estados e municípios. Vivemos um caos organizado, movidos pelo voluntarismo e por expectativas fantásticas, mas distantes da realidade nacional”, afirmou Zago.

A saída, em sua avaliação, está num pacto nacional que leve em conta as diversidades regionais. “Esperamos que, no final desse processo de debates, que culmina com a 5ª Conferência Nacional, tenhamos um plano estratégico, linhas de ação definidas para cada uma das cinco regiões, metas e recursos reservados para a sua execução e que sejam fortalecidas as agências de fomento estaduais e regionais.”

A íntegra dos debates está disponível no canal da FGV no YouTube.

A 5ª CNCTI, que terá como tema "Ciência, Tecnologia e Inovação para um Brasil Justo, Sustentável e Desenvolvido", ocorre 14 anos depois da 4ª Conferência, cuja temática foi “Política de Estado para Ciência, Tecnologia e Inovação com vistas ao Desenvolvimento Sustentável”. A 1ª Conferência aconteceu em 1985, logo após a criação do Ministério da Ciência e Tecnologia; a 2ª foi em 2001, quando se definiu o novo modelo de financiamento da CT&I baseado nos fundos setoriais e se criou o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). A terceira foi em 2005, com o tema “Desenvolvendo Ideias para Desenvolver o Brasil”, que enfatizou a importância da CT&I para gerar riqueza e promover a inclusão social, apontando a educação como pilar principal.

Mais informações em: https://5cncti.org.br/.
 

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