Desenhos sempre foram muito utilizados pelos naturalistas na biologia, muito antes da chegada da fotografia (Ganso canadense, ilust. da National Audubon Society)
Desenhos sempre foram muito utilizados pelos naturalistas na biologia, muito antes da chegada da fotografia. Cristina Bruzzo, da Unesp, discute se não seria o caso de admitir que as imagens podem modificar a maneira de conhecer o mundo
Desenhos sempre foram muito utilizados pelos naturalistas na biologia, muito antes da chegada da fotografia. Cristina Bruzzo, da Unesp, discute se não seria o caso de admitir que as imagens podem modificar a maneira de conhecer o mundo
Desenhos sempre foram muito utilizados pelos naturalistas na biologia, muito antes da chegada da fotografia (Ganso canadense, ilust. da National Audubon Society)
Com a chegada da fotografia e do cinema muitas possibilidades se abriram. Apesar disso, o desenho continuava em anexo, servindo apenas como um meio de completar ou reforçar o que estivesse dito em palavras. Entre as diversas áreas do conhecimento, provavelmente a biologia é a que mais recorreu ao mundo visual para explicitar seus conceitos, sejam antigos ou novos.
A partir desse contexto, Cristina Bruzzo, professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual Paulista (Unesp), levanta uma discussão importante no artigo Biologia: educação e imagens, publicado no número 89 da revista Educação e Sociedade.
"Se existe uma articulação entre imagem e conhecimento na educação em biologia, talvez tenhamos que admitir que as imagens possam modificar a maneira de conhecer uma determinada área científica", escreve Cristina.
Para a pesquisadora, é preciso reconhecer que a imagem pode ter uma influência importante na prática e na reflexão educativas. "O fato de o estudo da natureza expressar-se por meio de imagens possivelmente configura a organização do conhecimento na biologia."
Uma das hipóteses propostas no artigo é de que as imagens na biologia podem até, em alguns casos, influir na forma de se pensar o mundo natural, muito mais do que o próprio texto. "É possível que nas imagens possamos encontrar aspectos que o discurso escrito habitualmente não traz?", questiona Cristina.
Para ler o artigo na íntegra, disponível na biblioteca on-line SciELO (Bireme/FAPESP), clique aqui.
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