Inspirados na genética, pesquisadores do MIT criam sistema artificial auto-replicante
(imagem:Nature)

Componentes auto-replicantes
29 de setembro de 2005

Pesquisa desenvolvida no MIT, publicada na Nature, mostra que é possível criar linhas de produção em que uma cadeia de componentes dá origem a outra, sem nenhuma intervenção adicional

Componentes auto-replicantes

Pesquisa desenvolvida no MIT, publicada na Nature, mostra que é possível criar linhas de produção em que uma cadeia de componentes dá origem a outra, sem nenhuma intervenção adicional

29 de setembro de 2005

Inspirados na genética, pesquisadores do MIT criam sistema artificial auto-replicante
(imagem:Nature)

 

Agência FAPESP - A inspiração veio da genética e do intricado sistema de autoduplicação das fitas de DNA. Um grupo de pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, acaba de provar que é possível criar uma linha de produção auto-replicante para o setor da engenharia.

Os estudos estão apenas na fase dos experimentos em laboratório. Segundo artigo publicado na revista Nature desta quinta-feira (29), esse sistema poderá chegar ao setor privado quando as peças envolvidas no processo forem devidamente miniaturizadas.

A auto-replicação de pequenos componentes eletrônicos com apenas duas partes já foi descrita há cerca de 50 anos. A novidade agora é que os testes realizados em Cambridge partiram de uma cadeia com cinco peças. De uma fita inicial desses componentes, os pesquisadores conseguiram chegar a pelo menos outras quatro, totalmente idênticas.

Assim como ocorre com as moléculas de DNA, o sistema artificial é alimentado de forma randômica. E esse é um dos itens que pode interromper a continuidade da auto-replicação do sistema robotizado. Além de os tijolos serem pegos ao acaso, outra questão delicada do processo – e isso o mundo biológico também desenvolveu – é o controle das cópias. Será que as cadeias estão sendo feitas de forma idêntica?

Segundo os pesquisadores do MIT, essa questão também foi resolvida no sistema desenvolvido por eles. Com base nos dispositivos eletrônicos adicionais acoplados a partes da fita, é possível saber se aquela ligação que acaba de ser feita realmente ocorreu entre duas partes idênticas. Caso isso não tenha ocorrido, as duas peças são desligadas pelo sistema.

O artigo Self-replication from random parts pode ser lido no site da revista Nature, em www.nature.com


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