Cientistas europeus analisam DNA mitocondrial de mandíbula com 100 mil anos e apontam que diversidade genética do homem de Neandertal era maior do que se imaginava (foto: divulgação)
Cientistas europeus analisam DNA mitocondrial de fóssil com 100 mil anos e apontam que diversidade genética do homem de Neandertal era maior do que se imaginava
Cientistas europeus analisam DNA mitocondrial de fóssil com 100 mil anos e apontam que diversidade genética do homem de Neandertal era maior do que se imaginava
Cientistas europeus analisam DNA mitocondrial de mandíbula com 100 mil anos e apontam que diversidade genética do homem de Neandertal era maior do que se imaginava (foto: divulgação)
A descoberta sugere também que a diversidade genética teria sido maior nos períodos mais antigos da espécie. O Homo neanderthalensis habitou a Europa e partes do oeste da Ásia de cerca de 230 mil anos a 29 mil anos atrás, durante o Paleolítico Superior.
Os resultados do estudo, liderado por Catherine Hänni, da Escola Normal Superior de Lyon, na França, ganharam a capa da edição de 6 de junho da revista Current Biology.
Segundo os pesquisadores, mudanças na diversidade genética com o tempo são consideradas reflexos de eventos especiais, como quedas nas populações causadas por doenças ou alterações ambientais.
Neandertais foram os únicos representantes do gênero Homo na Europa durante a maior parte dos últimos 300 mil anos, desaparecendo pouco após a chegada do homem moderno ao continente, há cerca de 30 mil anos.
No artigo, os pesquisadores descrevem a mais antiga seqüência de DNA mitocondrial já obtida. A mandíbula usada para a análise pertenceu a uma criança de 10 a 12 anos que viveu no vale Meuse, na Bélgica, há cerca de 100 mil anos.
Ao comparar a seqüência obtida com outras publicadas anteriormente, de períodos mais recentes, os autores do estudo confirmaram que o homem de Neandertal e o homem moderno foram apenas parentes muito distantes, mas verificaram que a diversidade genética dos primeiros estava subestimada.
Segundo os pesquisadores, o DNA mitocondrial do espécime analisado mostrou ser mais divergente em relação ao de humanos modernos do que amostras obtidas de indivíduos que viveram mais recentemente, mostrando uma diversidade até então desconhecida do Homo neanderthalensis.
O artigo Revisiting Neandertal diversity with a 100,000 year old mtDNA sequence, de Catherine Hänni e colegas, pode ser lido por assinantes da Current Biology, em www.current-biology.com.
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