Uso planejado dos reservatórios é essencial para que os impactos ambientais sejam reduzidos
(foto: Duke Energy)
Ecologia de reservatórios ganha publicação a partir dos resultados de um projeto de pesquisa desenvolvido na bacia do rio Paranapanema. Ao todo, são 18 capítulos que abordam diversas facetas da pesquisa
Ecologia de reservatórios ganha publicação a partir dos resultados de um projeto de pesquisa desenvolvido na bacia do rio Paranapanema. Ao todo, são 18 capítulos que abordam diversas facetas da pesquisa
Uso planejado dos reservatórios é essencial para que os impactos ambientais sejam reduzidos
(foto: Duke Energy)
Agência FAPESP - Os reservatórios de água doce, por definição, são sistemas complexos. Projetos de pesquisa que decidam focar nessas massas de água devem nascer, necessariamente, de uma visão multidisciplinar. Parte dessa complexidade, no que diz respeito à bacia do rio Paranapanema, começa a ser desvendada.
O livro Ecologia de reservatórios: Impactos potenciais, ações de manejo e sistemas em cascata reúne 18 capítulos que abordam temas variados. A principal questão analisada pelos textos se relaciona com os aspectos ambientais desses reservatórios.
"Os estudos sobre reservatórios no Brasil têm mostrado que esses sistemas são complexos, multicompartimentais e de usos múltiplos, geralmente não planejados", disse Marcos Nogueira, professor do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Botucatu, à Agência FAPESP. O pesquisador também é um dos organizadores do livro, ao lado de Raoul Henry e Adriana Jorcin.
Para Nogueira, é fundamental que se planeje e se ordene o uso desses reservatórios. Sem a implantação de programas sistemáticos e do monitoramento ambiental, o impacto ambiental pode ser muito grande. "Além disso, é preciso estimular o avanço do conhecimento atual sobre a estrutura e o funcionamento ecológico dos reservatórios", afirma o pesquisador.
Entre os principais temas abordados na publicação, que contou com o apoio privado da Duke Energy, estão a eutrofização (excesso de algas), a contaminação das águas e o aporte excessivo de sedimentos e nutrientes. Além disso, as delicadas questões da introdução de espécies exóticas e da conservação das populações de peixes também são comentadas pelos autores.
"Um dos pontos altos do trabalho é a reflexão sobre a existência de importantes parcerias entre o setor acadêmico e o setor produtivo da sociedade, além da necessidade que ocorram abordagens interdisciplinares e multiinstitucionais", aponta Nogueira.
O livro, publicado pela RiMa Editora, pode ser adquirido no site: www.rimaeditora.com.br
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