Imposto progressivo pode ser uma das soluções para favorecer os clubes menos ricos (foto: Fifa.com)
Para estimular uma maior concorrência técnica entre os clubes de futebol, o que seria ideal para a sobrevivência financeira dos campeonatos, economistas europeus defendem um novo tipo de taxação para os clubes
Para estimular uma maior concorrência técnica entre os clubes de futebol, o que seria ideal para a sobrevivência financeira dos campeonatos, economistas europeus defendem um novo tipo de taxação para os clubes
Imposto progressivo pode ser uma das soluções para favorecer os clubes menos ricos (foto: Fifa.com)
Para resolver essa questão econômica – que não é nova e também já foi combatida com várias outras medidas –, uma dupla de pesquisadores europeus resolveu construir um novo modelo, que pelo menos no papel mostrou resultados interessantes. O estudo dos economistas Tsjalle van der Burg, da Universidade de Twente, na Holanda, e Aloys Prinz, da Westfälische Wilhelms-Universität Münster, da Alemanha, está publicado na edição de fevereiro do Scottish Journal of Political Economy.
A criação de um imposto progressivo, que atingisse a folha de pagamento dos clubes ou a renda bruta das agremiações, teria um efeito nivelador bastante importante, segundo os resultados obtidos com o modelo. Mas, para que isso desse certo, os próprios autores do estudo defendem que o dinheiro arrecadado não deveria ficar com o governo e nem ser distribuído entre os clubes menos ricos.
A intenção é que esses recursos sejam utilizados, por exemplo, em programas sociais a serem mantidos pelos próprios clubes de determinados países, mostra a pesquisa. Além de defender que essa medida é absolutamente realista, os pesquisadores atestam que ela é mais eficiente que outras tomadas anteriormente, como a questão do passe livre, implatada no Brasil, ou da limitação dos salários, que ocorre em algumas ligas esportivas nos Estados Unidos.
Um dos efeitos diretos de um imposto sobre a folha de pagamento, por exemplo, é que essa taxa, segundo os cálculos dos economistas europeus, serviria para diminuir os salários e, portanto, criaria possibilidades para que a competição pelos grandes talentos se estabelecesse em patamares mais confortáveis. Para que isso desse certo, toda a Europa teria que fazer um acordo, afirmam os estudiosos. O impacto dos talentos do terceiro mundo também não foi medido pela pesquisa.
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