Pesquisadores reunidos em Brasília retomam os trabalhos do Conapa, criado em 1996 para a construção da política nacional científica e tecnológica na Antártica e que estava desativado desde 1998
Pesquisadores reunidos em Brasília retomam os trabalhos do Conapa, criado em 1996 para a construção da política nacional científica e tecnológica na Antártica e que estava desativado desde 1998
"Com o Conapa, será possível dar maior visibilidade à pesquisa realizada pelo Brasil no Comitê Científico de Pesquisas Antártica (Scar), o comitê internacional que trata dos estudos mundiais na Antártica", disse Antônio José Teixeira, pesquisador do Programa de Pesquisas Antárticas do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), em reunião que teminou na terça-feira (15/6), em Brasília.
O MCT, por meio do Conselho de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), financia duas redes de pesquisa na Antártica. Uma delas examina variáveis ambientais e procura identificar as causas do aumento de temperatura na região da península Antártica, muito sensível a mudanças globais.
Outro grupo de pesquisadores brasileiros realiza um diagnóstico e avalia a qualidade do meio ambiente na área da Bahia do Almirantado, Ilha do Rei Jorge, região onde há pesquisas de diversos países, atrativo turístico e grande movimentação humana. Nesse local, os cientistas querem verificar se essa ação não está ultrapassando o impacto permitido.
Para o geólogo e professor da Universidade de São Paulo (USP), Rocha Campos, integrante do Conapa, o reinício das atividades era necessário para fortalecer a delegação brasileira no fórum internacional. Segundo Campos, atualmente as pesquisas na área são realizadas em parceria entre diversos países e o Brasil estava se afastando deste cenário de discussão.
"É por meio do Conapa que vamos chegar ao Scar, para identificar os pontos mais importantes e fechar parcerias internacionais, interdisciplinares, é a única maneira de nos inserirmos é essa", disse em comunicado do MCT.
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