Começa o Programa Regional de Biotecnologia do Nordeste
01 de setembro de 2003

Primeira resolução do Protocolo de Cooperação Administrativa de Ciência, Tecnologia e Inovação tem recursos de R$ 350 mil da Finep para projetos de desenvolvimento da biotecnologia na região

Começa o Programa Regional de Biotecnologia do Nordeste

Primeira resolução do Protocolo de Cooperação Administrativa de Ciência, Tecnologia e Inovação tem recursos de R$ 350 mil da Finep para projetos de desenvolvimento da biotecnologia na região

01 de setembro de 2003

 

Por Eduardo Geraque

Agência FAPESP - A primeira resolução do Protocolo de Cooperação Administrativa de Ciência, Tecnologia e Inovação, documento assinado pelos nove Estados nordestinos, está pronta. Acaba de ser criado o Programa Regional de Biotecnologia (Renorbio), que já conta com recursos de R$ 350 mil da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), segundo informou Rafael Lucchesi, secretário de C&T da Bahia, à Agência FAPESP.

A região do Nordeste do Brasil, de acordo com Lucchesi, tem um potencial científico diversificado, dentro do setor de biotecnologia. "Entre outras áreas, nós temos competência na saúde, imunologia, agricultura, mapeamento genético e bioprospecção", disse. A tarefa que cabe ao secretário de C&T da Bahia, na primeira fase do Renorbio, será exatamente a de fazer um mapeamento mais completo das competências que existem nos Estados da região. "Em seguida, a nossa intenção é que o programa trabalhe totalmente pelo sistema de rede", disse.

Um levantamento realizado por Luiz Antônio Barreto de Castro, que além de chefe-geral da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Cenargen) será também o coordenador do Renorbio, mostra que existem hoje no Nordeste 3.651 doutores em 32 disciplinas afins da Biotecnologia. Os dados foram obtidos com base nas informações colhidas com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

"Além das fontes de financiamentos federais disponíveis para o Renorbio, também haverá uma contrapartida dos Estados", afirmou Lucchesi. Em um encontro realizado na semana passada em Fortaleza (CE), um outro protocolo foi assinado pelos nove Estados. "Também assinamos um acordo de cooperação na área de mudanças climáticas e meio ambiente", disse.

Na próxima semana deverá ocorrer uma reunão entre os representantes dos Estados da região e o ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral. Em pauta, além de outras definições sobre o Renorbio, também estarão assuntos como a recriação da Sudene e o Instituto Nacional do Semi-Árido (INSA).

"A discussão sobre a localização física do instituto é o que menos importa na minha opinião", disse Lucchesi. "Devemos nos preocupar mais com o conteúdo dele. As diretrizes e as linhas de ação". O lançamento oficial do Instituto Nacional do Semi-Árido, uma iniciativa federal e que vai contar com o apoio da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), deve ocorrer na quinta-feira (4/9).


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