Antonio Condino Neto foi responsável por desenvolver um novo teste para substituir o do pezinho original no SUS, ampliando de seis para mais de 50 o número de doenças que podem ser diagnosticadas (foto: Wikipédia)
Antonio Condino Neto foi responsável por desenvolver um novo teste para substituir o do pezinho original no SUS, ampliando de seis para mais de 50 o número de doenças que podem ser diagnosticadas
Antonio Condino Neto foi responsável por desenvolver um novo teste para substituir o do pezinho original no SUS, ampliando de seis para mais de 50 o número de doenças que podem ser diagnosticadas
Antonio Condino Neto foi responsável por desenvolver um novo teste para substituir o do pezinho original no SUS, ampliando de seis para mais de 50 o número de doenças que podem ser diagnosticadas (foto: Wikipédia)
Agência FAPESP * – O médico Antonio Condino Neto, professor sênior do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), foi o vencedor da quinta edição do Prêmio Dasa de Inovação Médica na categoria Inovação em Genômica.
Realizado pela rede de laboratórios e hospitais Dasa, em parceria com a revista Veja Saúde, o prêmio é uma das principais iniciativas do setor para reconhecer profissionais que fazem a diferença na ciência e na saúde brasileira.
A premiação é um reconhecimento do projeto “Rastreio de Doenças da Imunidade pelo Teste do Pezinho” de Neto, que recebeu apoio da FAPESP. O projeto ampliou para mais de 50 o número de doenças que podem ser diagnosticadas no teste do pezinho aplicado no Sistema Único de Saúde (SUS) em recém-nascidos. Desenvolvido no Laboratório de Imunologia Humana do ICB-USP, o novo teste está sendo substituído gradualmente no SUS, conforme a lei nº 14.154, sancionada em maio de 2021.
“Recebo com muita alegria essa premiação. É um projeto muito importante, pois teve o seu desdobramento prático e já está sendo aplicado por prefeituras e estados, sendo essencial para a saúde pública e para nossas crianças”, afirma o professor do ICB, em entrevista para a Assessoria de Comunicação do ICB.
Desde que foi sancionada a substituição do teste, só na cidade de São Paulo mais de 200 mil recém-nascidos foram beneficiados. Realizado entre o terceiro e o quinto dia de vida do bebê, por meio da coleta de gotas de sangue dos pés, o exame identifica doenças genéticas que se não forem rastreadas e tratadas de forma adequada impactam o desenvolvimento e a saúde da criança.
Até o ano passado, o teste do pezinho incorporava seis doenças: hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria, síndromes falciformes, fibrose cística, deficiência de biotinidase e hiperplasia adrenal congênita. Agora, foram introduzidas as doenças relacionadas à imunodeficiência primária, causadas por erros inatos da imunidade, grupo que compreende 485 patologias, como, por exemplo, a síndrome linfoproliferativa autoimune e a anemia de Fanconi.
O Teste do Pezinho Ampliado tem como base dois biomarcadores para o diagnóstico desses erros, os pedaços de DNA TREC e KREC, subprodutos de receptores das células T e B do sistema imune. Eles são capazes de mensurar o quão funcionais são as células de defesa do paciente.
Para a validação clínica dos exames, Neto contou com a contribuição do Instituto de Pesquisa e Ensino em Saúde Infantil, entidade vinculada ao Hospital Infantil Sabará, que também foi premiada, e o Instituto Jô Clemente.
*Com informações da Assessoria de Comunicação do ICB-USP.
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