Em sua primeira visita ao Brasil, Eloïse Bella Kohn se apresentou na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin da USP (foto: Daniel Antonio/Agência FAPESP)
Promovido pela Embaixada da França no Brasil e pela Aliança Francesa, concerto foi realizado na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin da USP
Promovido pela Embaixada da França no Brasil e pela Aliança Francesa, concerto foi realizado na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin da USP
Em sua primeira visita ao Brasil, Eloïse Bella Kohn se apresentou na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin da USP (foto: Daniel Antonio/Agência FAPESP)
José Tadeu Arantes | Agência FAPESP – Um concerto da pianista francesa Eloïse Bella Kohn constituiu, na última segunda-feira (20/06), uma nova homenagem aos 60 anos da FAPESP. O evento, que teve lugar na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin da Universidade de São Paulo (USP), foi uma realização da Embaixada da França no Brasil e da Aliança Francesa. E contou com as presenças do cônsul-geral da França em São Paulo, Yves Teyssier d'Orfeuil, da vice-reitora da USP, Maria Arminda do Nascimento Arruda, do presidente da FAPESP, Marco Antonio Zago, do diretor administrativo da Fundação, Fernando Dias Menezes de Almeida, e de convidados. Na abertura, Zago agradeceu a homenagem e lembrou dos laços antigos de cooperação entre a França e a FAPESP.
Nascida em Paris, em 1991, Bella Kohn aprendeu piano aos quatro anos de idade, na Escola de Música Yamaha. E seguiu uma carreira consistente, estudando nas melhores instituições e apresentando-se em importantes salas de concerto, na França e em outros países da Europa. Com o violinista Christoph Koncz, fundou o festival Europäische Musiktage Heidelberg, cuja primeira edição aconteceu em 2020, em Heidelberg, Alemanha. Esta é sua primeira visita ao Brasil.
Bella Kohn dividiu sua apresentação em duas partes bem distintas: a primeira dedicada à Suíte Francesa no 3, BWV 814, de Johann Sebastian Bach (1685-1750); e a segunda aos 12 Prelúdios do Livro 2, de Claude Debussy (1862-1918).
As Suítes Francesas, cuja denominação foi popularizada por Johann Nikolaus Forkel, o primeiro biógrafo de Bach, são um conjunto de seis obras, compostas para o cravo entre 1722 e 1725. Apesar de serem chamadas de “francesas”, obedecem, segundo os especialistas, às convenções típicas estabelecidas para o gênero na Itália.
Já os Prelúdios de Debussy são um conjunto de 24 peças curtas, divididas em dois subconjuntos de 12, que compõem, respectivamente, os Livros 1 e 2. Foram criados com inusual rapidez pelo grande compositor francês. Os 12 Prelúdios do Livro 2, executados na íntegra por Bella Kohn, foram compostos entre os últimos meses de 1912 e o início de abril de 1913.
“Amo a música de Debussy desde criança, tanto suas obras de grande porte, como a ópera Pelléas et Mélisande [1902], quanto sua música de câmara e suas peças para o piano. O primeiro álbum que gravei é uma versão integral dos 24 Prelúdios”, diz Bella Kohn à Agência FAPESP.
E continua: “Bach e Debussy são opções totalmente diferentes. Com Bach, vamos ao início do sistema tonal. Quando o toco, trato o piano como se fosse um cravo. O cravo, como se sabe, não tem pedais. Isso demanda uma articulação muito fina dos dedos, para poder expressar com exatidão as frases. Já em Debussy, o uso de pedais é muito importante, para proporcionar as longas ressonâncias de que ele se utiliza para criar todo um jogo de climas e harmonias”, explica.
Trechos do concerto de Bella Kohn podem ser vistos no vídeo abaixo.
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