Colônia excepcional

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Agência FAPESP* – Agência FAPESP  - Não é todo o dia que se encontra uma concentração de ninhos como a observada por pesquisadores do Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD, na sigla em francês), de Paris. A surpresa, descrita apenas agora, ocorreu em uma expedição científica pelo interior da Guiana Francesa em 2002. 

A garça Agami é considerada rara pelos pesquisadores. Por seu hábito solitário é mais difícil ainda obter informações científicas sobre ela. A morfometria também inusitada da ave, 70 cm de altura e um longo bico, fez com que os cientistas a classificassem em um gênero específico, o Agamia. Além de tudo isso, ela também tem um hábito pouco comum. Costuma ficar com seus filhotes durante o dia e sai para caçar no início da noite.

Por todos esses detalhes os 900 ninhos encontrados a 40 quilômetros da capital Caiena, bem no coração de um reserva natural, estão sendo considerados um grande achado. A estimativa é que na região vivam exatos 1,8 mil exemplares do gênero, ou, então, 900 casais, responsáveis pelo mesmo número de ninhos. 

A observação feita no local permitiu mapear o dia das aves. Elas realmente passam o dia na colônia. No início da noite saem para obter alimento para a prole. Voltam, no máximo, até meia-noite. Cálculos feitos pelos pesquisadores informam que cada ave se desloca até 100 quilômetros para a obtenção do alimento. 

A dificuldade de se chegar até o local dos ninhos, por causa de obstáculos naturais como rios e matas, é uma das explicações que podem ajudar a explicar a inusitada concentração das garças. Outro fato, não menos importante, é a distâncias das concentrações humanas da região. 

Mesmo tendo sido encontrada a maior colônia de garças Agami vista até hoje na América do Sul, ter ocorrido um avanço no conhecimento biológico do animal, muitas perguntas permanecem sem respostas. Por exemplo, se essas garças não desenvolveram uma visão noturna eficiente, por que elas saem para caçar apenas à noite?

<b> Agência FAPESP </b> - Não é todo o dia que se encontra uma concentração de ninhos como a observada por pesquisadores do Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD, na sigla em francês), de Paris. A surpresa, descrita apenas agora, ocorreu em uma expedição científica pelo interior da Guiana Francesa em 2002. 
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A garça Agami é considerada rara pelos pesquisadores. Por seu hábito solitário é mais difícil ainda obter informações científicas sobre ela. A morfometria também inusitada da ave, 70 cm de altura e um longo bico, fez com que os cientistas a classificassem em um gênero específico, o <i>Agamia</i>. Além de tudo isso, ela também tem um hábito pouco comum. Costuma ficar com seus filhotes durante o dia e sai para caçar no início da noite.
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Por todos esses detalhes os 900 ninhos encontrados a 40 quilômetros da capital Caiena, bem no coração de um reserva natural, estão sendo considerados um grande achado. A estimativa é que na região vivam exatos 1,8 mil exemplares do gênero, ou, então, 900 casais, responsáveis pelo mesmo número de ninhos. 
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A observação feita no local permitiu mapear o dia das aves. Elas realmente passam o dia na colônia. No início da noite saem para obter alimento para a prole. Voltam, no máximo, até meia-noite. Cálculos feitos pelos pesquisadores informam que cada ave se desloca até 100 quilômetros para a obtenção do alimento. 
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A dificuldade de se chegar até o local dos ninhos, por causa de obstáculos naturais como rios e matas, é uma das explicações que podem ajudar a explicar a inusitada concentração das garças. Outro fato, não menos importante, é a distâncias das concentrações humanas da região. 
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Mesmo tendo sido encontrada a maior colônia de garças Agami vista até hoje na América do Sul, ter ocorrido um avanço no conhecimento biológico do animal, muitas perguntas permanecem sem respostas. Por exemplo, se essas garças não desenvolveram uma visão noturna eficiente, por que elas saem para caçar apenas à noite?
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