O embaixador do Brasil na Alemanha, Roberto Jaguaribe (ao centro), promoveu uma recepção aos participantes da FAPESP Week (foto: Elton Alisson)

Cooperação internacional
Colaboração científica é estratégica para o Brasil estreitar relações com a Europa
26 de março de 2025
EN

Avaliação foi feita pelo embaixador do Brasil na Alemanha, Roberto Jaguaribe, durante recepção aos participantes da FAPESP Week

Cooperação internacional
Colaboração científica é estratégica para o Brasil estreitar relações com a Europa

Avaliação foi feita pelo embaixador do Brasil na Alemanha, Roberto Jaguaribe, durante recepção aos participantes da FAPESP Week

26 de março de 2025
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O embaixador do Brasil na Alemanha, Roberto Jaguaribe (ao centro), promoveu uma recepção aos participantes da FAPESP Week (foto: Elton Alisson)

 

Elton Alisson, de Berlim | Agência FAPESP – As relações entre a Europa e a América do Sul – mais notadamente com o Brasil – estão em um momento favorável em razão de fatores como o acordo de livre comércio assinado em dezembro de 2024 entre o Mercosul e a União Europeia e em fase de aprovação. Para que o país aproveite essa janela de oportunidade e seja competitivo, contudo, é preciso continuar a expandir a colaboração científica e tecnológica com os parceiros europeus.

A avaliação foi feita pelo embaixador do Brasil na Alemanha, Roberto Jaguaribe, durante a recepção aos participantes da FAPESP Week Alemanha, que acontece até hoje (26/03) na Universidade Livre de Berlim.

“Estamos vivendo agora um clima positivo no que concerne às nossas relações econômicas e, mais do que isso, regionais, e que está relacionado a diversos fatores, como as mudanças climáticas e a transição energética, além de outros ligados com movimentos geopolíticos. Esse novo quadro está deixando claro que precisamos nos unir de diferentes formas, especialmente porque temos convergências muito importantes”, disse Jaguaribe.

“Também estamos esperançosamente na fase final de um longo acordo negociado entre o Mercosul e a União Europeia, em que a Alemanha é o motor por trás de sua aprovação. Tudo isso vai abrir novas portas, mas, se quisermos ser competitivos, é preciso continuar trabalhando para desenvolver a colaboração científica e tecnológica, a exemplo do que a FAPESP vem fazendo e que continuará sendo fundamental”, avaliou.

De acordo com o embaixador, a cooperação científica entre o Brasil e a Alemanha desempenhou um papel muito significativo no relacionamento entre os dois países e a colaboração com o Estado de São Paulo nessa seara tem sido muito forte e aprofundada ao longo dos últimos anos.

“A FAPESP é a mais antiga instituição de fomento à pesquisa brasileira e uma das mais bem-sucedidas ao longo dos anos. Por isso, desenvolveu um relacionamento muito significativo no exterior, inclusive com a Alemanha. É preciso encorajar a continuação desse esforço tão valioso”, avaliou.

Segundo Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP, a Alemanha é o quarto maior parceiro científico do Estado de São Paulo em termos de artigos publicados em coautoria por pesquisadores vinculados a universidades e instituições de pesquisa das duas regiões. O objetivo da FAPESP Week Alemanha é ampliar e fortalecer essa cooperação científica e tecnológica com o país europeu, sublinhou.

“O Estado de São Paulo tem três grandes parceiros em colaboração científica aqui na Europa, que são a Alemanha, o Reino Unido e a França. E, em nossa opinião, o planejamento e a implementação da cooperação precisam de conversas presenciais. Os pesquisadores precisam conhecer seus parceiros e conversar para, dessa forma, construírem relações de confiança e trabalharem juntos”, disse.

“Tenho a certeza de que a ciência e a tecnologia podem proporcionar progresso e um futuro pacífico e podemos fazer isso juntos. É por isso que estamos aqui”, ressaltou Zago.

Na avaliação de Dietrich Halm, diretor de Cooperação Internacional com a América Latina da Sociedade Alemã de Amparo à Pesquisa (DFG), tanto a instituição como a FAPESP, que são parceiras na organização do evento, estão convencidas de que a pesquisa de excelência só é possível se a cooperação internacional for viabilizada.

“Tendo em vista os novos e arriscados movimentos geopolíticos que estão ocorrendo atualmente, muitas vezes associados a medidas não planejadas, é ainda mais valioso que tenhamos intercâmbio científico e baseado em fatos e evidências com nossos parceiros do Brasil ao longo desse evento, a fim de fortalecer ainda mais a cooperação entre São Paulo, o Brasil e a Alemanha”, avaliou.

Leia mais sobre a FAPESP Week Alemanha em: fapesp.br/week/2025/germany.
 

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