Carlos Vogt, presidente da FAPESP, ministra palestra na Academia Paulista de Letras sobre ensaio publicado na Revista Ide, cujo texto aborda os limites do conhecimento e da capacidade de conhecer do ser humano

Clones, utopias e ficções
02 de maio de 2007

Carlos Vogt, presidente da FAPESP, ministra palestra na Academia Paulista de Letras sobre ensaio publicado na Revista Ide, cujo texto aborda os limites do conhecimento e da capacidade de conhecer do ser humano

Clones, utopias e ficções

Carlos Vogt, presidente da FAPESP, ministra palestra na Academia Paulista de Letras sobre ensaio publicado na Revista Ide, cujo texto aborda os limites do conhecimento e da capacidade de conhecer do ser humano

02 de maio de 2007

Carlos Vogt, presidente da FAPESP, ministra palestra na Academia Paulista de Letras sobre ensaio publicado na Revista Ide, cujo texto aborda os limites do conhecimento e da capacidade de conhecer do ser humano

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP – "O DNA foi, há 50 anos, a última grande e revolucionária descoberta científica da humanidade, abrindo novos caminhos para o desenvolvimento das ciências da vida e para o nascimento de áreas multidisciplinares de estudo e pesquisa, antes desconhecidas."

A definição é de Carlos Vogt, presidente da FAPESP, e está no ensaio Clones, utopias e ficções, publicado pela Revista Ide, veículo da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo que, desde 1975, aborda o diálogo entre psicanálise e cultura.

Com base no artigo, Vogt proferiu uma palestra sobre os aspectos científicos e culturais da biotecnologia na quinta-feira (26/4), na sede da Academia Paulista de Letras, em São Paulo.

"O artigo faz um passeio pela ciência e pela literatura, tratando de duas questões fundamentais: a árvore da vida e a árvore do conhecimento. A idéia foi abordar o processo de desenvolvimento da humanidade com base em quedas simbólicas, como o homem sendo expulso do Paraíso e do centro do Universo", disse Vogt à Agência FAPESP.

Segundo ele, se aumenta o conhecimento da humanidade, aumenta ainda mais o desejo de conhecer. O seqüenciamento do genoma humano, que ofereceu a compreensão e a materialidade dos sinais que constituem o nosso código genético, é um dos destaques do artigo.

"O seqüenciamento não é ainda um alfabeto porque este implica em uma linguagem e em um conjunto de regras de combinação sintática e de associação semântica que um conjunto de sinais, apesar de ordenados, não possui. Da linguagem da vida temos, quando muito, as letras, o que não é pouco. Faltam-nos, no entanto, o vocabulário, as frases e os enunciados de sua significação no mundo", afirmou.

Vogt destaca no artigo algumas questões para reflexão: será a ciência capaz de representar a si mesma em fóruns distintos ao dela própria? Pode o conhecimento conhecer-se a si próprio, ou a mente representar-se a si mesma, ou a consciência ser consciência da própria consciência?

"Não há ciência sem simulação, tampouco conhecimento sem linguagem ou representação. Os símbolos fazem a medição do mundo e do conhecimento do mundo", disse.

A edição mais recente da Revista Ide dedica 176 páginas à temática da biotecnologia. Trata-se de uma coletânea de artigos de especialistas em diversas áreas do conhecimento, entre psicanalistas, filósofos, literatos, antropólogos, artistas plásticos, sociólogos e poetas, nacionais e estrangeiros.

O artigo Clones, utopias e ficções pode ser lido em (arquivo .pdf): www.agencia.fapesp.br/vogt/clones.pdf

Mais informações sobre a Revista Ide: www.sbpsp.org.br


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