Cidades com boa saúde
22 de novembro de 2004

Presente em 25 municípios, parceria da Opas, Unicamp e Ipes, apoiada pela FAPESP, auxilia na construção de cidades saudáveis, com a promoção do acesso ao conhecimento científico e da melhor qualidade de vida da população

Cidades com boa saúde

Presente em 25 municípios, parceria da Opas, Unicamp e Ipes, apoiada pela FAPESP, auxilia na construção de cidades saudáveis, com a promoção do acesso ao conhecimento científico e da melhor qualidade de vida da população

22 de novembro de 2004

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP - Uma estratégia para a construção de cidades saudáveis, com o objetivo de promover o acesso ao conhecimento científico e melhorar a qualidade de vida à população. A Rede de Municípios Potencialmente Saudáveis, criada por meio de uma parceria entre a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e o Instituto de Pesquisas Especiais para a Sociedade (Ipes), já está apresentando efeitos positivos em algumas regiões do Brasil.

O objetivo do projeto, apoiado pelo Programa de Políticas Públicas da FAPESP, é criar condições e espaços para a construção de políticas que reduzam as diferenças sociais e busquem a justiça social. Atualmente, a rede está presente em 25 municípios de São Paulo e Minas Gerais. Um dos exemplos de atuação é o Programa Comunidade Saudável, em desenvolvimento na região dos Amarais, em Campinas.

"Essa iniciativa tem como base os cursos de educação continuada, formação de agentes comunitários da saúde e promoção da economia solidária", explica Ana Maria Sperandio, coordenadora no Brasil da Rede de Municípios e Comunidades Saudáveis. "Nossa meta é formar uma teia de saberes que propiciem subsídios de renovação transetorial e intersetorial, tornando horizontal o relacionamento entre a população da região", disse à Agência FAPESP.

Segundo Ana Maria, a intenção é colaborar com o processo de transformação da população carente da região na direção de uma comunidade saudável. Para isso, uma das alternativas do programa é o curso de educação a distância, ministrado em um laboratório equipado com computadores que torna acessível os avanços científicos e tecnológicos conseguidos na Unicamp para a população próxima à universidade.

"A idéia é promover a utilização do conhecimento científico em benefício da sociedade, na medida em que os agentes comunitários são formados para repassar as informações para a sociedade em uma linguagem adequada", conta Ana Maria.

O Programa Comunidade Saudável atende uma população de 35 mil habitantes da região de Campinas por meio dos projetos que envolvem docentes e alunos, além de profissionais presentes nos equipamentos sociais e moradores que atuam como agentes comunitários.

Além dessa iniciativa, a Rede de Municípios Potencialmente Saudáveis conta com o Guia para Prefeitos, lançado pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), destinado a promover a qualidade de vida nas cidades que compõem a rede.

"O guia auxilia o processo de reflexão dos gestores públicos, considerando os problemas específicos de cada município", explica Ana Maria. "A publicação é oferecida às autoridades como uma das orientações metodológicas a serem adotadas. Trata-se de um excelente material de apoio e referência que valoriza os projetos que já existem nas prefeituras", disse.

O artigo Caminho para a construção coletiva de ambientes saudáveis, publicado na edição de setembro da revista Ciência & Saúde Coletiva, mostra algumas estratégias eficientes de construção de espaços saudáveis. O texto faz uma avaliação da rede e do projeto em Campinas.

Para ler o artigo, disponível na biblioteca on-line SciELO (Bireme/FAPESP), clique aqui.


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