Evento on-line apresentará projetos voltados a subsidiar políticas públicas e propor alternativas tecnológicas para organizar o trânsito e reduzir os tempos de deslocamento nas cidades (foto: Paul Steuber/Pixabay)

Ciclo ILP-FAPESP discute inovações para a mobilidade urbana
26 de agosto de 2022

Evento on-line apresentará projetos voltados a subsidiar políticas públicas e propor alternativas tecnológicas para organizar o trânsito e reduzir os tempos de deslocamento nas cidades

Ciclo ILP-FAPESP discute inovações para a mobilidade urbana

Evento on-line apresentará projetos voltados a subsidiar políticas públicas e propor alternativas tecnológicas para organizar o trânsito e reduzir os tempos de deslocamento nas cidades

26 de agosto de 2022

Evento on-line apresentará projetos voltados a subsidiar políticas públicas e propor alternativas tecnológicas para organizar o trânsito e reduzir os tempos de deslocamento nas cidades (foto: Paul Steuber/Pixabay)

 

Agência FAPESP – Compreender a dinâmica das cidades e organizar o trânsito de pessoas e veículos. Este é o objetivo de quatro estudos que serão apresentados na segunda-feira (29/08), em mais uma edição do Ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação. Os projetos buscam subsidiar políticas públicas e propor alternativas tecnológicas que contribuam para a mobilidade, o meio ambiente, a saúde e a redução das desigualdades. As iniciativas abrangem ciclovias, monitoramento do trânsito e alterações provocadas por projetos de retrofit (modernização e adequação da infraestrutura).

Um dos palestrantes será Orlando Strambi, professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). Ele mostrará de que forma as cidades estruturam suas políticas de mobilidade, divididas em quatro eixos: desestímulo ao uso do automóvel, melhoria do transporte coletivo, estímulo ao uso do transporte ativo – a pé ou de bicicleta – e integração entre as políticas de uso do solo e transportes. “O avanço dessas ideias enfrenta os preconceitos contra e a favor a alguns modos de transporte, assim como a batalha pelo uso do espaço viário na superfície”, diz.

A mobilidade por meio de bicicletas traz uma série de vantagens para o indivíduo em particular, para o meio ambiente e para a cidade. No entanto, ela é ainda pouco utilizada no Brasil. O pesquisador Fabio Kon, do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP, utilizou técnicas de ciência de dados para analisar mais de 40 milhões de viagens diárias na Grande São Paulo. Utilizando ainda dados geográficos e sociodemográficos, desenvolveu um índice de “ciclabilidade” das trajetórias percorridas por cidadãos da Região Metropolitana de São Paulo. “Vou detalhar como, a partir daí, é possível fornecer evidências científicas para a elaboração de políticas públicas como a expansão da infraestrutura cicloviária que está sendo planejada”, diz o professor Kon, que também é coordenador do INCT Internet do Futuro para Cidades Inteligentes.

O pesquisador Rodolfo Ipolito Meneguette, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, vai apresentar o conjunto de serviços oferecido por um sistema de transporte inteligente que busca otimizar a mobilidade. Ele lembra que os veículos podem ser utilizados como ferramentas para realizar o monitoramento para ambientes inteligentes. Isso é possível por conta dos recursos de bordo e de comunicação disponíveis. Se os dados forem compatíveis com a computação local, acabam servindo como novos serviços e aplicações, que serão utilizados em sistemas de transporte inteligentes. “Assim é possível dispor de informações em tempo real que contribuem para aumentar a segurança e o conforto dos cidadãos”, afirma.

As intervenções de retrofit de ruas urbanas foram tema da pesquisa realizada por Marcela Noronha Pinto de Oliveira e Souza durante seu doutorado, na Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Por intermédio de procedimentos computacionais – sintaxe espacial, linguagem de padrões e gramática –, o estudo identifica os locais-chave para esse tipo de intervenção. Leva em conta alterações mínimas no traçado das ruas e o potencial para melhorar a segurança e o conforto de pedestres. Para avaliar os cenários gerados, foi desenvolvido um método automatizado de avaliação das calçadas. “Ele permite aferir e comparar quantitativamente o potencial de contribuição de um projeto de retrofit para a ‘caminhabilidade’ [walkability].”

O ciclo de palestras é organizado pela FAPESP em parceria com o Instituto do Legislativo Paulista (ILP). O evento será transmitido entre 15h e 17h15, pelo canal da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) no YouTube.

As inscrições podem ser feitas em: www.al.sp.gov.br/ilp/cursos-eventos/detalheAtividade.jsp?id=8625.
 

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