Empreendedores apresentarão em evento on-line, na próxima segunda-feira, seus modelos de negócios voltados para a melhoria da qualidade de vida (foto: Phelcom Technologies/divulgação)

Ciclo ILP-FAPESP discute empreendedorismo, inovação e impacto social
25 de setembro de 2020

Empreendedores apresentarão em evento on-line, na próxima segunda-feira, seus modelos de negócios voltados para a melhoria da qualidade de vida

Ciclo ILP-FAPESP discute empreendedorismo, inovação e impacto social

Empreendedores apresentarão em evento on-line, na próxima segunda-feira, seus modelos de negócios voltados para a melhoria da qualidade de vida

25 de setembro de 2020

Empreendedores apresentarão em evento on-line, na próxima segunda-feira, seus modelos de negócios voltados para a melhoria da qualidade de vida (foto: Phelcom Technologies/divulgação)

 

Agência FAPESP – A associação entre o empreendedorismo e a inovação traz novas abordagens e soluções para diversos problemas sociais. Os negócios de impacto social crescem e se multiplicam em todo o país, contribuindo para melhorar a qualidade de vida e a educação e também ampliar os direitos de cidadania. Esses são temas presentes na agenda das empresas que participarão do evento on-line promovido pelo Instituto do Legislativo Paulista (ILP) e a FAPESP.

O evento ocorre na segunda-feira, 28, entre 15h e 17h, no canal da Assembleia Legislativa de São Paulo no Youtube. O encontro reunirá startups que nasceram nas universidades como resultado direto da aplicação prática da pesquisa científica. Quatro delas tiveram apoio do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) da FAPESP. Esses empreendedores vão falar sobre a trajetória das empresas e como elas foram recebidas pelo mercado.

A empresa Tece - Tecnologia e Ciência Educacional desenvolveu, com apoio da FAPESP, uma nova versão de um instrumento de escrita manual para deficientes visuais – chamado reglete positiva – que diminui em 60% o tempo de aprendizado do sistema de escrita e leitura Braille. “A inovação facilitou o aprendizado, aumentou o interesse em aprender o Sistema Braille e reduziu também o investimento em formação de professores”, afirma Aline Piccoli Otalara, fundadora da empresa. No dispositivo convencional, os pontos são escritos em baixo relevo, a escrita se inicia do lado direito e os caracteres são escritos espelhados. Quando a folha é virada para a leitura (realizada da esquerda para direita), os caracteres aparecem do lado correto.

José Augusto Stuchi é um dos idealizadores da Phelcom Technologies, que desenvolveu um aparelho portátil ligado a um smartphone que faz imagens da frente e do fundo do olho, permitindo detectar doenças a um custo bem mais baixo do que os métodos convencionais e realizar diagnósticos a distância, como apoio da FAPESP. “Ao integrar óptica de alta precisão com a eletrônica da câmara do smartphone foi possível obter uma qualidade de exame tão boa quanto a daqueles equipamentos grandes e muito mais caros”, diz Stuchi, um dos três pesquisadores que se transformaram em empreendedores e que, agora, se preparam para entrar no ramo da exportação.

Apoiada pela FAPESP, a Hoobox Robotics especializou-se em tecnologias voltadas para a área da saúde e tornou-se conhecida por utilizar sistema de reconhecimento facial no controle de cadeira de rodas. No início da pandemia da COVID-10, a empresa apresentou uma nova solução para o mercado. “Em menos de um mês, a Hoobox, em parceria com a Radsquare, desenvolveu tecnologia para fazer aferição de febre e monitorar pacientes com suspeita de COVID-19”, conta Paulo Gurgel Pinheiro, CEO da empresa. “Isso só foi possível porque tínhamos uma tecnologia supermadura.” 

Desenvolvido pela Scipopulis, com apoio da FAPESP, o sistema “Painel de ônibus” permite monitorar o funcionamento do sistema de transporte público. Frotas de ônibus de grandes cidades geram uma imensa quantidade de dados diariamente. “São esquemas de gestão de frota que já existem há muito tempo”, ressalta Roberto Speicys, cofundador e sócio da Scipopulis. “Mas poucas prefeituras usam os dados para tomar decisão.” A empresa criou uma plataforma de big data que faz o processamento desses dados e tira algumas métricas para a gestão pública. “O objetivo é detectar mais rapidamente problemas na operação das linhas e priorizar ações para minimizar os impactos para a população.”

Maure Pessanha está à frente da Artemisia Negócios Sociais e já teve a oportunidade de trabalhar junto com startups que passaram pelo PIPE. A Artemisia trabalha com fomento de negócios que pretendem oferecer soluções de mercado para problemas sociais e ambientais da população de menor renda, principalmente nas áreas de saúde, educação, habitação, mobilidade e serviços financeiros. “O empreendedorismo é uma ferramenta fundamental para desenvolver soluções para pessoas que não teriam acesso a elas na sociedade em geral.” Pessanha diz que os problemas mais frequentes nas classes C e D podem virar oportunidades para empreender com impacto. Ela explica que o conceito de uma empresa com duplo propósito tem recentemente despertado o interesse de governos.

As inscrições devem ser feitas pelo endereço: www.al.sp.gov.br/ilp/detalheAtividade.jsp?id=6145. Outras informações pelo e-mail ilp@al.sp.gov.br.

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