Encontro de pesquisadores será transmitido ao vivo pelo canal da Rede Alesp no YouTube na segunda-feira, dia 26 (foto: Pixabay)

Ciclo ILP-FAPESP discute depressão e saúde mental na pandemia
23 de outubro de 2020

Encontro de pesquisadores será transmitido ao vivo pelo canal da Rede Alesp no YouTube na segunda-feira, dia 26

Ciclo ILP-FAPESP discute depressão e saúde mental na pandemia

Encontro de pesquisadores será transmitido ao vivo pelo canal da Rede Alesp no YouTube na segunda-feira, dia 26

23 de outubro de 2020

Encontro de pesquisadores será transmitido ao vivo pelo canal da Rede Alesp no YouTube na segunda-feira, dia 26 (foto: Pixabay)

 

Agência FAPESP – A depressão – e outros distúrbios de saúde mental – mostrou-se como uma das consequências mais negativas do isolamento e da insegurança originados pela pandemia de COVID-19. Três pesquisas realizadas sobre o tema serão apresentadas na nova edição do Ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação.

O evento é promovido pelo Instituto do Legislativo Paulista (ILP) em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). “Depressão, Saúde Mental e Pandemia” acontecerá na próxima segunda-feira (26/10), entre 15h e 16h30, e será transmitido ao vivo no canal da Rede Alesp no YouTube.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão é a maior causa de incapacitação e invalidez no mundo. A pesquisadora Laura Helena Guerra de Andrade, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP), apresentará um estudo epidemiológico realizado na Região Metropolitana de São Paulo, que mostra a prevalência alta da doença em relação a outros países e os fatos contextuais que podem contribuir para essa situação: violência, moradia e migração. O outro projeto da pesquisadora, com perfil mais qualitativo, está voltado para formas de tratamento do sofrimento mental que não considerem o uso de medicamentos.

Durante a pandemia da COVID-19, Andrade esteve envolvida na criação de uma rede de solidariedade na comunidade de Sapopemba, bairro de São Paulo. “Melhorando os laços entre as pessoas, a comunidade tem competências para enfrentar situações. Detectamos que as pessoas estão dando suporte uma para as outras por telefone e há casos que se resolvem assim”, relata.

Marilisa Barros, da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (FCM-Unicamp), comentará os resultados da pesquisa feita pela internet, em parceria com a Fiocruz e a Universidade Federal de Minas Gerais, sobre o impacto da pandemia e do isolamento na saúde dos adultos, com destaque para mudanças comportamentais. A pesquisa pretendeu mostrar o que aconteceu com os brasileiros em relação ao hábito de fumar, ao consumo de bebida alcoólica, ao sedentarismo e à alimentação. “O levantamento buscou saber se o sofrimento psíquico se associou ou não a mudanças de comportamento e se os entrevistados tinham diagnóstico prévio de depressão”, acrescenta.

O pesquisador Guilherme Polanczyk, da FM-USP, falará sobre estudos epidemiológicos que mostram que a maior parte dos transtornos mentais presentes em adultos começa na infância e como a pandemia pode, do ponto de vista conceitual, atingir as crianças. Ele apresentará os resultados de um inquérito realizado pela internet com entrevistados entre 5 e 17 anos de idade em todo o Brasil. “O levantamento procurou mostrar a rotina e o que aconteceu com a vida dessas crianças e adolescentes durante um período da pandemia”, diz. Para terminar, apresentará um estudo iniciado recentemente sobre o uso da telemedicina no atendimento a quem apresentou problemas de ansiedade e depressão nesse período.

As inscrições para o evento devem ser feitas no endereço: www.al.sp.gov.br/ilp/cursos-eventos/detalheAtividade.jsp?id=6285.

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