Em 2021 foi registrada no Brasil uma morte a cada 34 minutos, segundo o Ministério da Saúde (foto: Campanha Setembro Amarelo/reprodução)

Difusão do Conhecimento
Ciclo ILP-FAPESP debate a prevenção do suicídio e a valorização da vida
30 de agosto de 2024

Evento será transmitido ao vivo pelo YouTube na tarde de segunda-feira

Difusão do Conhecimento
Ciclo ILP-FAPESP debate a prevenção do suicídio e a valorização da vida

Evento será transmitido ao vivo pelo YouTube na tarde de segunda-feira

30 de agosto de 2024

Em 2021 foi registrada no Brasil uma morte a cada 34 minutos, segundo o Ministério da Saúde (foto: Campanha Setembro Amarelo/reprodução)

 

Agência FAPESP – Pesquisadores, especialistas e organizações nacionais e internacionais apontam para a necessidade de políticas públicas que possam contribuir para a prevenção do suicídio e para a redução desse tipo de autoviolência, que apresenta múltiplas manifestações e vem crescendo a cada ano. Este será o principal foco de discussão da próxima edição do Ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação, que será realizado na segunda-feira (02/09).

Na última década, o Brasil registrou uma alta preocupante na estatística desse tipo de morte. Somente em 2021, segundo o Ministério da Saúde, houve mais de 15,5 mil suicídios – ou uma morte a cada 34 minutos. Trata-se da terceira maior causa de óbito na população jovem do país. E pode ser prevenido.

“É importante investir em recursos para a prevenção que sejam baseados em evidências científicas e adaptados a cada contexto”, diz Kelly Giacchero Vedana, da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP-USP). A pesquisadora sustenta que programas e planos de prevenção precisam ser bem definidos, com previsão de recursos, formas de acompanhamento, sustentabilidade e aprimoramento constante. “A prevenção do suicídio requer a ampliação de apoio e das possibilidades de escolhas para quem sofre.”

O pesquisador Alexandre Andrade Loch, do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP, explica que o suicídio é uma situação-limite muito difícil de lidar. Segundo Loch, um componente quase “invisível” torna o manejo ainda mais difícil: o estigma. “O preconceito contra as doenças mentais é um grande vilão quando falamos em prevenção do suicídio”, diz. No debate, o pesquisador pretende discutir “como as diversas facetas do estigma podem atrapalhar a abordagem ao suicídio e o que fazer para lidar com essas barreiras”.

Karen Scavacini, diretora científica da Associação Brasileira de Estudos e Prevenção do Suicídio, vai abordar o tema da “posvenção”, termo que define um conjunto de ações voltadas aos enlutados pelo suicídio, como familiares e amigos. “Discutiremos como o luto por suicídio é um processo único que exige uma abordagem diferenciada, tanto no âmbito individual quanto comunitário”, afirma. Segundo ela, são necessárias políticas públicas específicas e leis que garantam acesso a redes de apoio e serviços especializados.

Promovida pela FAPESP em parceria com o Instituto do Legislativo Paulista (ILP), a série de debates mensais visa promover a divulgação científica de temas importantes, sendo dirigida à sociedade, legisladores, gestores públicos e interessados nos temas abordados. O encontro de segunda-feira será transmitido entre 15h e 17h pelo canal da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) e do ILP no YouTube.

As inscrições podem ser feitas pelo site da Alesp. Perguntas aos debatedores poderão ser encaminhadas durante o evento para o e-mail cicloilp@fapesp.br.
 

  Republicar
 

Republicar

A Agência FAPESP licencia notícias via Creative Commons (CC-BY-NC-ND) para que possam ser republicadas gratuitamente e de forma simples por outros veículos digitais ou impressos. A Agência FAPESP deve ser creditada como a fonte do conteúdo que está sendo republicado e o nome do repórter (quando houver) deve ser atribuído. O uso do botão HMTL abaixo permite o atendimento a essas normas, detalhadas na Política de Republicação Digital FAPESP.