Celso Lafer, presidente da FAPESP, será um dos conferencistas, ao lado de Juan Goytisolo, Jorge Castañeda e Julio María Sanguinetti (Wikimedia)

Ciclo de conferências celebra centenário de Octavio Paz
27 de março de 2014

Celso Lafer, presidente da FAPESP, será um dos conferencistas, ao lado de Juan Goytisolo, Jorge Castañeda e Julio María Sanguinetti

Ciclo de conferências celebra centenário de Octavio Paz

Celso Lafer, presidente da FAPESP, será um dos conferencistas, ao lado de Juan Goytisolo, Jorge Castañeda e Julio María Sanguinetti

27 de março de 2014

Celso Lafer, presidente da FAPESP, será um dos conferencistas, ao lado de Juan Goytisolo, Jorge Castañeda e Julio María Sanguinetti (Wikimedia)

 

Agência FAPESP – Um ciclo de conferências, que ocorrerá nesta quinta (27/03) e sexta-feira (28/03), celebrará, na Cidade do México, o centenário do nascimento do escritor Octavio Paz, um dos nomes mais destacados da literatura latino-americana do século XX. Celso Lafer, presidente da FAPESP, será um dos conferencistas, participando da mesa dedicada ao tema “La democracia en el orbe ibero-americano” (A democracia na esfera ibero-americana).

Outros destaques serão as participações do escritor espanhol Juan Goytisolo, do filósofo búlgaro radicado na França Tzvetan Todorov, do escritor mexicano Jorge Castañeda e do ex-presidente do Uruguai Julio María Sanguinetti.

Prêmio Nobel de Literatura de 1990, Paz nasceu na Cidade do México em 31 de março de 1914 e morreu em 19 de abril de 1998, na mesma localidade. Como poeta e ensaísta, deixou uma vasta obra, na qual sobressaem A la orilla del mundo (1942), El arco y la lira (1956), Blanco (1966) e Sor Juana Inés de la Cruz o las trampas de la fe (1982).

Muito reputadas são também suas traduções do poeta japonês Matsuo Basho e do poeta português Fernando Pessoa. Diplomata, serviu na França, onde fez amizade com André Breton e foi influenciado pelo movimento surrealista, e depois no Japão. Mais tarde, foi embaixador mexicano na Índia.

Lafer tornou-se amigo de Octavio Paz na Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, quando frequentou seu curso Teoria e Prática da Poesia, do Simbolismo aos Nossos Dias. Rememorando esse período, escreveu, em artigo publicado em O Estado de S. Paulo: “Ithaca, onde se situa Cornell, está distante da ebulição dos grandes centros. Isto facilitou uma convivência mais próxima e permitiu grandes conversas sobre os temas do curso, que foi uma deslumbrante defesa da poesia e da presença poética por um grande poeta.”

Impactado pela personalidade de Paz, Lafer empenhou-se na tradução de sua obra no Brasil, aproximando o escritor mexicano do brasileiro Haroldo de Campos, que foi o grande tradutor de Blanco.

No artigo mencionado, Lafer relembrou um episódio especialmente marcante: “Octavio valorizou a leitura pública da poesia na qual a palavra viva coincide com a palavra vivida por meio da participação, no poema, dos ouvintes. O alcance deste laço entre o poeta e o grupo que o escuta é o que pude presenciar acompanhando Octavio e Haroldo, quando transformaram o Anfiteatro da USP em ‘La casa de la presencia’, lendo sucessivamente, dividida oralmente em partes, Blanco no seu original e na sua transcriação para o português.”

Mais informações sobre o evento e as homenagens a Octavio Paz no México em: http://www.octaviopaz.mx/octavio-paz-y-el-mundo-del-s-xxi/

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