Roberto Carlos, da seleção brasileira, vira exemplo na Universidade de Dortmund, na Alemanha, em estudo para tenta explicar o chute com efeito a partir da mecânica quântica (divulgação)

Chute quântico
16 de fevereiro de 2006

Roberto Carlos, da seleção brasileira, vira exemplo na Universidade de Dortmund, na Alemanha, em estudo para tenta explicar o chute com efeito a partir da mecânica quântica

Chute quântico

Roberto Carlos, da seleção brasileira, vira exemplo na Universidade de Dortmund, na Alemanha, em estudo para tenta explicar o chute com efeito a partir da mecânica quântica

16 de fevereiro de 2006

Roberto Carlos, da seleção brasileira, vira exemplo na Universidade de Dortmund, na Alemanha, em estudo para tenta explicar o chute com efeito a partir da mecânica quântica (divulgação)

 

Agência FAPESP - Apenas para ficar entre três exemplos de jogadores brasileiros que preferiram o empirismo e a técnica da tentativa e erro: Nelinho, ex-lateral-direito do Cruzeiro, Dicá, o eterno camisa 10 da Ponte Preta de Campinas, e Roberto Carlos, o atual lateral esquerdo da seleção brasileira de futebol.

Em pleno ano da Copa do Mundo, o país anfitrião tem respirado futebol em todos os cantos. Foi o que levou o pesquisador Metin Tolan, da Universidade de Dortmund, na Alemanha, a recorrer à mecânica quântica aplicada ao esporte. Não para tentar bater uma falta como os mestres brasileiros, mas na tentativa de entender os mistérios do chute forte com efeito.

Como calcular, por exemplo, a curva que a bola faz no caminho do gol? Ou o que determina a força que faz explodir as redes e a torcida do time que acaba de marcar?

Um dos segredos, e isso os jogadores sabem, é bater na bola com força e ao mesmo tempo com efeito. Segundo Tolan, uma força suficiente para fazê-la rodar por cinco vezes é o necessário para empurrar a "gorduchinha" em direção ao gol por cinco metros. É o efeito Magnus, tão conhecido dos físicos. A pressão sobre o corpo empurra a bola e faz ela voar em curva.

E a superfície da bola? Ela também tem grande peso na questão, não apenas pelo design, explica o pesquisador alemão em comunicado da Universidade de Dortmund. O tipo de costura e os gomos da esfera são determinantes na criação de turbulência no ar. Isso tudo ajuda a produzir o movimento e o som na direção do gol que os torcedores conhecem muito bem.

Outro resultado do estudo criou certo embaraço fora do laboratório para Tolan. Ao analisar o lance mais polêmico na famosa final da Copa de 1966, entre Inglaterra e Alemanha, o juiz, segundo o pesquisador, estava certo ao validar um gol para os ingleses, que muitos até hoje duvidam ter existido.

Para Tolan a bola chegou com uma força entre 75 km/h e 100 km/h na linha do gol. E, ao quicar, contava dez rotações por minuto. O resultado foi que a curva do movimento fez com que a bola se posicionasse atrás da linha do gol, ainda que por apenas 0,02 segundo.


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