O olfatômetro, apesar de equipado com modernos programas de computador, não dispensa a utilização do ser humano
(foto: LCQAr )
Será inaugurado nesta quinta (19/8), em Florianópolis, o Laboratório de Controle de Qualidade do Ar da UFSC. O centro está equipado com um olfatômetro, equipamento que mede a concentração dos odores consideradas desconfortáveis pelo sistema olfativo humano
Será inaugurado nesta quinta (19/8), em Florianópolis, o Laboratório de Controle de Qualidade do Ar da UFSC. O centro está equipado com um olfatômetro, equipamento que mede a concentração dos odores consideradas desconfortáveis pelo sistema olfativo humano
O olfatômetro, apesar de equipado com modernos programas de computador, não dispensa a utilização do ser humano
(foto: LCQAr )
Agência FAPESP - As pessoas que vivem ao lado de uma refinaria de petróleo, de uma propriedade que pratica a suinocultura, de uma usina de açúcar e álcool ou de um lixão sabem muito bem que os odores espalhados pelo ar são uma causa importante de desconforto. Mais do que isso, eles podem ser fontes de problemas de saúde no futuro.
Foi pensando nesse problema ambiental que ocorre em várias regiões do Brasil que alguns pesquisadores se voltaram para o estudo das concentrações de odores presente na atmosfera. Uma nova ferramenta para a análise desse impacto odorífero será inaugurada nesta quinta-feira (19/8), na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
O Laboratório de Controle de Qualidade do Ar (LCQAr), ligado ao Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental do Centro Tecnológico da UFSC, está equipado com um olfatômetro, equipamento usado para medir a concentração química dos odores. O aparelho funcionará ligado a uma rede internacional de estudo da atmosfera, coordenada pelo Canadá.
"A partir de agora, com essas medições, será possível, além de medir o impacto ambiental dos odores, obter dados mais precisos para auxiliar na consolidação de leis para regular essa questão", disse Paulo Belli Filho, um dos coordenadores do laboratório, à Agência FAPESP. Segundo o também professor da UFSC, tanto no Brasil como no exterior as regulamentações sobre os níveis aceitáveis de determinados odores desagradáveis são bastante frágeis.
Com o olfatômetro se consegue eliminar a subjetividade das análises, explica Belli Filho. Mesmo assim, o moderno equipamento ainda não elimina a necessidade de se usar o sistema olfativo humano nas análises. "Antes da mostra ser processada no olfatômetro, o aparelho passa por uma calibração. E isso ocorre com a participação de um júri, que é selecionado com base nas características psicofísicas das pessoas", explica o cientista da UFSC.
Um dos primeiros estudos do LCQAr, que será realizado durante os próximos noves meses, será realizado na cidade de São Mateus do Sul, no Paraná. É lá que funciona a estatal Unidade de Negócio da Petrobras de Industrialização do Xisto, uma das patrocinadoras do laboratório catarinese.
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