Sonda Cassini consegue imagem de nuvem de cerca de 2,4 mil quilômetros de diâmetro sobre o pólo norte de Titã. Astrônomos apontam que formação pode estar relacionada aos lagos descobertos no mês passado (Cassini)

Céu encoberto em Titã
05 de fevereiro de 2007

Sonda Cassini consegue imagem de nuvem de cerca de 2,4 mil quilômetros de diâmetro sobre o pólo norte do satélite. Astrônomos apontam que formação pode estar relacionada aos lagos descobertos no mês passado

Céu encoberto em Titã

Sonda Cassini consegue imagem de nuvem de cerca de 2,4 mil quilômetros de diâmetro sobre o pólo norte do satélite. Astrônomos apontam que formação pode estar relacionada aos lagos descobertos no mês passado

05 de fevereiro de 2007

Sonda Cassini consegue imagem de nuvem de cerca de 2,4 mil quilômetros de diâmetro sobre o pólo norte de Titã. Astrônomos apontam que formação pode estar relacionada aos lagos descobertos no mês passado (Cassini)

 

Agência FAPESP - Mais uma de Saturno, mais uma da Cassini. A sonda em órbita no segundo maior planeta do Sistema Solar continua abastecendo os cientistas com novidades surpreendentes. Depois de identificar lagos de metano, a espaçonave acaba de captar a imagem de uma nuvem de gigantescas proporções.

Com tamanho aproximado da metade da extensão territorial do Brasil, a nuvem sobre Titã, lua de Saturno, pode ser responsável pelo material que preenche os lagos recém-descobertos.

Depois de estar escondida na sombra formada pelo inverno, a nuvem veio à luz com o início da primavera – Saturno leva quase 30 anos terrestres para completar uma órbita em torno do Sol. A formação se estende por quase todo o pólo norte do satélite até 60 graus de latitude, com cerca de 2,4 mil quilômetros de diâmetro.

A imagem foi capturada pelo espectrômetro de mapeamento visual e infravermelho a bordo da sonda. Modelos científicos haviam previsto a existência da nuvem agora observada pela primeira vez.

"Sabíamos que essa nuvem tinha que estar lá, mas fomos totalmente surpreendidos pelo seu tamanho e por sua estrutura", disse Christophe Sotin, da Universidade de Nantes, na França, em comunicado do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, a agência espacial norte-americana. "Esse sistema de nuvens pode ser um elemento-chave na formação de compostos orgânicos e na sua interação com a superfície."

A missão Cassini-Huygens é uma parceria entre as agências espaciais norte-americana (Nasa), européia (ESA) e italiana (ASI). A sonda está na metade de sua missão e tem ainda previstos cerca de 20 sobrevôos sobre a superfície de Titã, que devem ajudar os cientistas a descobrir outras novidades sobre o satélite. Caso a Cassini continue operando com eficiência após o período previsto inicialmente, a missão deverá continuar.

Mais informações: saturn.jpl.nasa.gov/home/index.cfm


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