Pilotos com mais de 60 anos se saem melhor que mais novos em pesquisas conduzidas durante três anos. Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos avalia ampliação de aposentadoria obrigatória para 65 anos

Céu de brigadeiro para mais velhos
01 de março de 2007

Pilotos com mais de 60 anos se saem melhor que mais novos em pesquisas conduzidas durante três anos. Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos avalia ampliação de aposentadoria obrigatória para 65 anos

Céu de brigadeiro para mais velhos

Pilotos com mais de 60 anos se saem melhor que mais novos em pesquisas conduzidas durante três anos. Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos avalia ampliação de aposentadoria obrigatória para 65 anos

01 de março de 2007

Pilotos com mais de 60 anos se saem melhor que mais novos em pesquisas conduzidas durante três anos. Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos avalia ampliação de aposentadoria obrigatória para 65 anos

 

Agência FAPESP - Boa notícia para quem chegou aos 60 anos e nem quer pensar em deixar de trabalhar. Uma pesquisa feita com simuladores de vôo nos Estados Unidos verificou um aproveitamento melhor para realizar tarefas ligadas à profissão em pilotos mais velhos do que nos mais jovens.

Os resultados, de acordo com os autores do estudo publicado na edição de 27 de fevereiro da revista Neurology, da Academia Norte-Americana de Neurologia, podem levar a uma reavaliação do impacto da idade em determinadas ocupações.

O estudo é publicado em momento oportuno, uma vez que a Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos discute uma proposta de ampliar a idade de aposentadoria obrigatória para pilotos comerciais dos atuais 60 para 65 anos.

Os pesquisadores, da Universidade de Stanford e do Centro de Pesquisa Clínica em Envelhecimento, examinaram durante três anos 118 pilotos não comerciais com idades entre 40 e 69 anos. Todos os participantes voavam regularmente, tinham entre 300 e 15 mil horas de vôo e certificado médico da FAA.

Os voluntários foram testados em itens como comunicação, leitura de instrumentos para detectar emergências, pouso sem instrumentos e condução para evitar zonas de tráfego.

A pesquisa concluiu que, enquanto os pilotos com mais de 60 anos inicialmente apresentaram resultados inferiores nos testes, eles tiveram menor declínio durante o período analisado. Com o tempo, os mais velhos apresentaram ainda maior evolução no item evitar tráfego. A maior experiência também esteve relacionada com o menor declínio no desempenho das atividades.

Segundo os pesquisadores, pilotos mais experientes podem manter o desempenho com o tempo devido a um mecanismo de preservação de conhecimentos de tarefas específicas, conhecido como inteligência cristalizada, semelhante ao que ocorre em áreas como música ou xadrez.

"Os resultados mostram as vantagens da experiência e do treinamento nos adultos mais velhos. Isso tem implicações mais abrangentes para o tema de envelhecimento no trabalho do que apenas no setor de aviação", disse Joy Taylor, do Centro de Pesquisa Clínica em Envelhecimento, na Califórnia, e principal autor do estudo.

O artigo Pilot age and expertise predict flight simulator performance: A 3-year longitudinal study , de Joy L. Taylor, Quinn Kennedy, Art Noda e Jerome A. Yesavage, pode ser lido por assinantes da Neurology em www.neurology.org.


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