Cérebro marombado

Republicar

A Agência FAPESP licencia notícias via Creative Commons (CC-BY-NC-ND) para que possam ser republicadas gratuitamente e de forma simples por outros veículos digitais ou impressos. A Agência FAPESP deve ser creditada como a fonte do conteúdo que está sendo republicado e o nome do repórter (quando houver) deve ser atribuído. O uso do botão HMTL abaixo permite o atendimento a essas normas, detalhadas na Política de Republicação Digital FAPESP.

Agência FAPESP* –Agência FAPESP - Uma pesquisa feita por cientistas da Universidade de Sydney e da Universidade Macquarie, ambas na Austrália, mostrou que a ingestão regular de creatina como suplemento alimentar pode melhorar tanto a memória funcional como a inteligência geral. 

O trabalho, cujos resultados serão publicados na próxima edição da Proceedings B, periódico científico da Royal Society, a academia de ciências britânica, monitorou os efeitos da substância em 45 pessoas com hábitos vegetarianos, que receberam doses diárias de 5 gramas de creatina durante várias semanas. 

"Trata-se de um nível comparável ao que é geralmente ingerido para melhorar o desempenho atlético. Escolhemos vegetarianos porque quem ingere carne consegue obter níveis variáveis de creatina, dependendo do tipo e quantidade consumida", disse a líder do projeto, Caroline Rae. "Embora para atingir o nível de creatina com que trabalhamos seria preciso comer cerca de dois quilos de carne por dia."

Atletas e entusiastas do fisiculturismo sabem há tempos que suplementos de creatina auxiliam no desempenho esportivo. A substância também tem sido experimentada com sucesso no tratamento de distúrbios neurológicos ou musculares. "Sabemos que a creatina tem um papel importante na manutenção dos níveis de energia no cérebro. Então, era uma hipótese razoável que uma dieta com a substância pudesse estimular funções cerebrais", disse Caroline. 

Os voluntários no estudo foram divididos em dois grupos. Enquanto os integrantes do primeiro tomaram suplementos de creatina por seis semanas, os demais ingeriram placebo. Em seguida, seguiu-se um período de seis semanas sem ingestão. Finalmente, nas últimas seis semanas, os grupos foram trocados, com o segundo recebendo creatina e o primeiro não.  

Os efeitos na memória funcional foram examinados por meio de testes em que os integrantes tinham que repetir, em ordem reversa, seqüências de números cada vez maiores. A inteligência foi examinada com uma metodologia comumente usada em testes de QI, envolvendo seqüências de padrões. "Ambos os testes exigem rapidez de raciocínio e os resultados foram claros nos dois grupos: a suplementação com creatina levou à melhoria no aproveitamento. Por exemplo, no primeiro teste, a capacidade de lembrar de números de telefone aumentou de uma média de 7 para 8,5", disse Caroline. 

"A descoberta ressalta o papel dinâmico e significativo da capacidade da energia cerebral em influenciar o desempenho do cérebro", disse Caroline. Os pesquisadores australianos alertam, entretanto, que ainda não se sabe se a ingestão da creatina por longos períodos pode ser considerada segura.

<b>Agência FAPESP</b> - Uma pesquisa feita por cientistas da Universidade de Sydney e da Universidade Macquarie, ambas na Austrália, mostrou que a ingestão regular de creatina como suplemento alimentar pode melhorar tanto a memória funcional como a inteligência geral. 
<p>
O trabalho, cujos resultados serão publicados na próxima edição da <i>Proceedings B</i>, periódico científico da Royal Society, a academia de ciências britânica, monitorou os efeitos da substância em 45 pessoas com hábitos vegetarianos, que receberam doses diárias de 5 gramas de creatina durante várias semanas. 
<p>
"Trata-se de um nível comparável ao que é geralmente ingerido para melhorar o desempenho atlético. Escolhemos vegetarianos porque quem ingere carne consegue obter níveis variáveis de creatina, dependendo do tipo e quantidade consumida", disse a líder do projeto, Caroline Rae. "Embora para atingir o nível de creatina com que trabalhamos seria preciso comer cerca de dois quilos de carne por dia."
<p>
Atletas e entusiastas do fisiculturismo sabem há tempos que suplementos de creatina auxiliam no desempenho esportivo. A substância também tem sido experimentada com sucesso no tratamento de distúrbios neurológicos ou musculares. "Sabemos que a creatina tem um papel importante na manutenção dos níveis de energia no cérebro. Então, era uma hipótese razoável que uma dieta com a substância pudesse estimular funções cerebrais", disse Caroline. 
<p>
Os voluntários no estudo foram divididos em dois grupos. Enquanto os integrantes do primeiro tomaram suplementos de creatina por seis semanas, os demais ingeriram placebo. Em seguida, seguiu-se um período de seis semanas sem ingestão. Finalmente, nas últimas seis semanas, os grupos foram trocados, com o segundo recebendo creatina e o primeiro não.  
<p>
Os efeitos na memória funcional foram examinados por meio de testes em que os integrantes tinham que repetir, em ordem reversa, seqüências de números cada vez maiores. A inteligência foi examinada com uma metodologia comumente usada em testes de QI, envolvendo seqüências de padrões. "Ambos os testes exigem rapidez de raciocínio e os resultados foram claros nos dois grupos: a suplementação com creatina levou à melhoria no aproveitamento. Por exemplo, no primeiro teste, a capacidade de lembrar de números de telefone aumentou de uma média de 7 para 8,5", disse Caroline. 
<p>
"A descoberta ressalta o papel dinâmico e significativo da capacidade da energia cerebral em influenciar o desempenho do cérebro", disse Caroline. Os pesquisadores australianos alertam, entretanto, que ainda não se sabe se a ingestão da creatina por longos períodos pode ser considerada segura. 
<br><br><br>