Protocolo desenvolvido no CQMED-Unicamp mostrou-se capaz de abreviar o tempo de produção das enzimas usadas no exame e pode ajudar a ampliar o acesso à testagem no país (foto: CQMED/divulgação)
Protocolo desenvolvido no CQMED-Unicamp mostrou-se capaz de abreviar o tempo de produção das enzimas usadas no exame e pode ajudar a ampliar o acesso à testagem no país
Protocolo desenvolvido no CQMED-Unicamp mostrou-se capaz de abreviar o tempo de produção das enzimas usadas no exame e pode ajudar a ampliar o acesso à testagem no país
Protocolo desenvolvido no CQMED-Unicamp mostrou-se capaz de abreviar o tempo de produção das enzimas usadas no exame e pode ajudar a ampliar o acesso à testagem no país (foto: CQMED/divulgação)
Agência FAPESP* – O Centro de Química Medicinal da Universidade Estadual de Campinas (CQMED-Unicamp) desenvolveu um protocolo de produção de enzimas de alta especificidade para ser usado na testagem de COVID-19 em amostras de saliva. A primeira entrega gerou insumos para 400 mil testes e foi entregue para a empresa parceira Mendelics Análise Genômica em dezembro último. A fabricação foi feita em menos de dois meses e a expectativa é produzir enzimas para mais 200 mil testes até o fim de janeiro.
O CQMED é financiado pela FAPESP por meio do Programa de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE).
“Durante o desenvolvimento das enzimas, nossa equipe simultaneamente abreviou o processo de produção e aumentou a pureza do material. Desde o lote-piloto, já verificamos que a qualidade das enzimas é equivalente à das importadas”, diz Katlin Massirer, pesquisadora do CQMED e coordenadora do projeto na Unicamp.
As enzimas foram validadas para equivalência com as importadas pelo laboratório clínico Mendelics, utilizando amostras de saliva que chegam diariamente de todo o Brasil ao laboratório no bairro de Santana, em São Paulo.
O laboratório Mendelics está realizando atualmente 90 mil testes por mês e a escalabilidade dos reagentes é um passo importante para a autonomia do país. O desenvolvimento contribui para ampliar a capacidade de testagem em massa, considerada ainda um dos gargalos para a definição de políticas públicas de enfrentamento da pandemia de COVID-19.
O teste de saliva, chamado RT-LAMP, tem a mesma qualidade que o RT-PCR, e está possibilitando a testagem em locais com menos recursos no país. “O RT-LAMP é mais rápido e mais barato, pois baseia-se no uso de enzimas de alta especificidade e dispensa o uso de equipamentos caros”, explica Mario Bengtson, professor do Instituto de Biologia da Unicamp e pesquisador principal do projeto.
O procedimento de teste RT-LAMP executado pela Mendelics foi recentemente publicado de forma aberta na plataforma medRxiv. O projeto é resultado da parceria do CQMED com a empresa Mendelics Análise Genômica e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).
* Com informações da Assessoria de Comunicação da Unicamp
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