Centro de imunobiológicos é inaugurado em Botucatu
21 de março de 2005

População do centro-oeste do Estado terá acesso a vacinas e soros especiais não encontrados na rede pública e básica de saúde. Nova unidade, instalada dentro da Unesp, também vai funcionar como espaço para pesquisas sobre imunização

Centro de imunobiológicos é inaugurado em Botucatu

População do centro-oeste do Estado terá acesso a vacinas e soros especiais não encontrados na rede pública e básica de saúde. Nova unidade, instalada dentro da Unesp, também vai funcionar como espaço para pesquisas sobre imunização

21 de março de 2005

 

Agência FAPESP - O Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (Crie) é a mais nova unidade em funcionamento no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Botucatu. Com a inauguração do espaço, a população do centro-oeste paulista que já tem algum tipo de patologia terá acesso a vacinas e imunoglobulinas especiais não encontradas na rede pública de saúde.

"Temos vacinas para varicela, hepatite A e B e outras duas contra pneumonias, além de quatro tipos de imunoglobulinas", disse Karina Pavão Patrício, coordenadora do Crie e professora do Departamento de Saúde Pública da Faculdade de Medicina de Botucatu, à Agência FAPESP. A pesquisadora lembra que todos esses produtos, desenvolvidos com um alto custo, são exclusivos para pessoas com algum tipo de patologia. "O portador de HIV, por exemplo, pode ter sérias complicações se tiver varicela", explica.

O Crie não estará voltado apenas para o atendimento de pessoas com imunodepressão. Em suas salas, o conhecimento científico também será tratado. "O Centro também será um local de transferência de conhecimento sobre vacinação e imunização para os profissionais de saúde de várias especialidades e de outras regiões do país", afirma Karina.

Três fatores foram decisivos para a escolha da Faculdade de Medicina de Botucatu como sede de mais um Crie no Estado. A instituição já tem um núcleo de vigilância epidemiológica em suas instalações, além de um núcleo de vacinação com profissionais capacitados. O terceiro motivo foi de ordem geográfica. As regiões oeste e sul do Estado, até então, não possuíam unidades semelhantes.

O Estado de São Paulo passa a ter agora cinco centros imunológicos especiais. Dois estão em funcionamento na capital (Universidade de São Paulo e Universidade Federal de São Paulo) e três no interior (USP/Ribeirão Preto, Universidade Estadual de Campinas e Unesp). Estão em curso ainda estudos de implantação para novos centros nas cidades de Marília, Presidente Prudente e São José do Rio Preto. A instalação desses centros começou em 1993, fruto do Programa Nacional de Imunizações. Hoje existem quase 40 unidades dessas em vários estados da União.

Todos esses centros especiais surgiram com o objetivo de atender casos de profilaxia pré e pós-exposição a agentes infecciosos em determinados grupos de risco. Também faz parte da lista de funções de todos os órgãos em funcionamento realizar a substituição de produtos que não podem ser utilizados por certos pacientes e evitar eventos adversos na imunização de pessoas imunodeficientes.


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