Projeto que prevê armazenamento de dióxido de carbono e metano em cavernas construídas na camada de sal foi selecionado entre 147 concorrentes; Centro de Pesquisa para Inovação em Gás é sediado na USP e também conta com apoio da Shell (foto: RGCI)

Centro apoiado pela FAPESP ganha Prêmio ANP de Inovação Tecnológica
05 de dezembro de 2019

Projeto que prevê armazenamento de dióxido de carbono e metano em cavernas construídas na camada de sal foi selecionado entre 147 concorrentes; Centro de Pesquisa para Inovação em Gás é sediado na USP e também conta com apoio da Shell

Centro apoiado pela FAPESP ganha Prêmio ANP de Inovação Tecnológica

Projeto que prevê armazenamento de dióxido de carbono e metano em cavernas construídas na camada de sal foi selecionado entre 147 concorrentes; Centro de Pesquisa para Inovação em Gás é sediado na USP e também conta com apoio da Shell

05 de dezembro de 2019

Projeto que prevê armazenamento de dióxido de carbono e metano em cavernas construídas na camada de sal foi selecionado entre 147 concorrentes; Centro de Pesquisa para Inovação em Gás é sediado na USP e também conta com apoio da Shell (foto: RGCI)

 

Agência FAPESP * – O Centro de Pesquisa para Inovação em Gás (RCGI) foi um dos vencedores do Prêmio ANP de Inovação Tecnológica 2019, com um projeto de pesquisa que possibilitará ao Brasil monetizar o gás natural explorado nas reservas do pré-sal e reduzir a emissão atmosférica de dióxido de carbono (CO2).

O RCGI é um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) constituído pela FAPESP em parceria com a Shell na Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP).

O projeto do RCGI venceu na Categoria 2 da área temática “Exploração e Produção de Petróleo e Gás”. Ao todo, concorreram 147 projetos de pesquisa, em cinco categorias.

Intitulado “Sistema de Armazenamento e Separação Gravitacional de CO2 [dióxido de carbono] e CH4 [gás metano] em Cavernas de Sal Construídas em Ambiente Offshore de Águas Ultraprofundas no Brasil”, o projeto do RCGI prevê a abertura de cavernas na camada de sal, onde o gás natural seria confinado para posterior separação do metano e do dióxido de carbono. Isso ocorreria por meio de uma tecnologia de separação gravitacional, desenvolvida e encaminhada para patente pelo RCGI.

“A caverna é mantida em alta pressão até que o CO2 passe para um estado supercrítico e decante. O metano, que se manteve em estado gasoso durante o processo, seria então retirado, aliviando a pressão na caverna e fazendo com que o CO2 voltasse ao estado gasoso. Esse ciclo seria repetido até o total preenchimento da caverna com gás carbônico, quando, então, esta seria lacrada”, explica o diretor científico do RCGI, o professor Júlio Meneghini, em entrevista para a Assessoria de Comunicação do centro.

Embora já existam cavernas com essa finalidade, é a primeira vez que se desenvolve uma tecnologia para águas ultraprofundas.

O prêmio é organizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e tem como objetivo reconhecer os resultados de projetos que representem uma inovação tecnológica para o setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis. Podem concorrer trabalhos desenvolvidos no Brasil por instituições de pesquisa credenciadas pela ANP, empresas brasileiras e empresas petrolíferas.

A equipe vencedora do RCGI estuda agora a construção de um projeto- piloto em uma caverna, para estudar in loco as condições de separação dos dois gases. O coordenador do projeto, o professor Gustavo Assi, da Poli-USP, contou à Assessoria de Comunicação do RCGI que a meta é concluir o plano da caverna-piloto nos próximos dois anos.

* Com informações da Assessoria de Comunicação do RCGI.
 

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