Expectativa é quintuplicar o número de estudantes e pesquisadores brasileiros em intercâmbio na Alemanha (divulgação AHK)
Expectativa é quintuplicar o número de estudantes e pesquisadores brasileiros em intercâmbio na Alemanha
Expectativa é quintuplicar o número de estudantes e pesquisadores brasileiros em intercâmbio na Alemanha
Expectativa é quintuplicar o número de estudantes e pesquisadores brasileiros em intercâmbio na Alemanha (divulgação AHK)
Por Karina Toledo
Agência FAPESP – Divulgar as oportunidades de ensino e pesquisa na Alemanha para a comunidade acadêmica brasileira e fomentar projetos conjuntos entre entidades dos dois países são alguns dos objetivos do Centro Alemão de Inovação e Ciência, que iniciou suas atividades esta semana na cidade de São Paulo.
A inauguração foi marcada pela visita ao Brasil do ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle. Em entrevista à Agência FAPESP, Westerwelle disse que a implantação do centro mostra que a colaboração entre os dois países vai além de interesses econômicos concretos.
“Temos uma agenda ampla de discussão, que inclui ciência, pesquisa e educação. Estamos muito felizes e orgulhosos, pois devemos receber cerca de 10 mil estudantes brasileiros nos próximos anos. Essa é uma prova excelente de nossa amizade e colaboração”, disse.
O diretor do Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD), Christian Müller, que também vai dirigir o novo centro, explicou que o escritório reunirá representantes de diversas organizações de ciência e pesquisa da Alemanha, como a Fundação Alexander von Humboldt, a Fundação Alemã de Pesquisa Científica (DFG) e a própria DAAD, além de cinco consórcios de universidades alemãs.
“A primeira função do centro é ser uma espécie de vitrine, para tornar a pesquisa e o ensino superior na Alemanha visíveis para a comunidade brasileira”, disse Müller.
Outro objetivo, acrescentou, é facilitar o contato com estudantes, pesquisadores e professores brasileiros que já passaram por intercâmbio na Alemanha. “Tentamos promover eventos para reunir e manter contato com a comunidade que já tem laços com o nosso país”, disse.
Em terceiro lugar, segundo Müller, o centro deverá facilitar convênios entre as entidades de fomento à pesquisa dos dois países e promover cooperações em áreas como ciências naturais e exatas, engenharia, tecnologia, energia, nanotecnologia, biotecnologia, equipamentos médicos e ciências agrárias. “Tanto na pesquisa básica como na aplicada há um interesse forte dos dois lados que o centro alemão vai articular”, afirmou.
O governo alemão está implantando centros semelhantes nas cidades de Nova York, Moscou, Nova Deli e Tóquio. Segundo Müller, foram selecionados os polos emergentes fora da Europa, que se destacam rapidamente como geradores de novos conhecimentos.
A expectativa para os próximos anos, segundo o diretor, é quintuplicar o número de estudantes, pesquisadores e professores brasileiros que seguem para a Alemanha.
“As agências brasileiras de fomento concedem cerca de 500 bolsas por ano para a Alemanha. Acreditamos que esse número possa chegar a 2 mil. O governo alemão vai manter as cerca de 500 bolsas anuais que já oferece, totalizando cerca de 2,5 mil”, contou.
Outra missão do centro será estimular a vinda de pesquisadores alemães para as universidades brasileiras.
O presidente da FAPESP, Celso Lafer, que acompanhou a visita do ministro alemão a São Paulo, lembrou que a FAPESP mantém há anos acordos de cooperação com agências de fomento alemãs. “Como a ideia do centro é aprofundar as relações, novas parcerias devem surgir”, disse.
Mais informações sobre o Centro Alemão de Inovação e Ciência podem ser obtidas em: www.dwih.com.br/?id=1&L=1
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