Astrônomos conseguem registar a dança de cinco galáxias que se movimentam e interagem a 300 milhões de anos-luz (Observatório Gemini)

Cenas de um balé galático
15 de setembro de 2004

Utilizando o telescópio Gemini Norte, no Havaí, astrônomos conseguem registar com grande nitidez a dança de cinco galáxias que se movimentam e interagem a 300 milhões de anos-luz

Cenas de um balé galático

Utilizando o telescópio Gemini Norte, no Havaí, astrônomos conseguem registar com grande nitidez a dança de cinco galáxias que se movimentam e interagem a 300 milhões de anos-luz

15 de setembro de 2004

Astrônomos conseguem registar a dança de cinco galáxias que se movimentam e interagem a 300 milhões de anos-luz (Observatório Gemini)

 

Agência FAPESP - Os movimentos graciosos de um balé galático a 300 milhões de anos-luz da Terra foram capturados pelo Observatório Gemini, um consórcio internacional administrado pela Associação de Universidades para Pesquisa em Astronomia.

Imagens com notável nitidez foram obtidas graças a um equipamento chamado Espectrógrafo Multi-Objetos da Gemini (GMOS, na sigla em inglês). As galáxias, integrantes do grupo conhecido como Quinteto de Stephan, estão literalmente dilacerando umas às outras, suas formas sendo modificadas pelas interações gravitacionais que ocorrem há milhões de anos.

Arcos de gases e poeira traçam as interações e movimentos das galáxias entre elas. Essa espécie de dança deforma as estruturas dos componentes do quinteto, ao mesmo tempo em que produz um espetáculo que lembra uma explosão de fogos de artifício.

Segundo o Conselho de Pesquisas em Partículas Físicas e Astronomia do Reino Unido, as imagens inéditas do aglomerado trazem uma combinação única de resolução, profundidade de campo e sensibilidade.

"Não é preciso muito para atingir uma incrível profundidade, quando você conta com um espelho de oito metros coletando luz em condições excelentes", disse Travis Rector, da Universidade do Alasca, nos Estados Unidos, que ajudou a obter a imagem com o telescópio Gemini Norte, instalado no Havaí.

"Estamos conseguindo registrar imagens em muitos comprimentos de ondas diferentes, o que permite a obtenção de uma riqueza de detalhes na imagem final que nunca havia sido possível", afirmou Rector.

O Observatório Gemini foi construído e é operado por uma parceria entre Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, Chile, Estados Unidos e o Reino Unido. É composto por dois excelentes telescópios, um no Havaí e o segundo no Chile, inaugurado em janeiro de 2003. Juntos, os dois, um em cada hemisfério, permitem observar todo o céu em volta da Terra. O Observatório Gemini Sul contou com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da FAPESP.

Mais informações e a imagem em alta resolução: www2.gemini.edu


  Republicar
 

Republicar

A Agência FAPESP licencia notícias via Creative Commons (CC-BY-NC-ND) para que possam ser republicadas gratuitamente e de forma simples por outros veículos digitais ou impressos. A Agência FAPESP deve ser creditada como a fonte do conteúdo que está sendo republicado e o nome do repórter (quando houver) deve ser atribuído. O uso do botão HMTL abaixo permite o atendimento a essas normas, detalhadas na Política de Republicação Digital FAPESP.