Linhagem de vírus da dengue considerada defeituosa pode ser regenerada dentro das células do hospedeiro
(foto:CDC)

Cenários científicos
13 de janeiro de 2006

Linhagem defeituosa da dengue pode ser reativada pela infeção de um vírus totalmente funcional na mesma célula, revela estudo publicado nesta sexta-feira (13/1) na revista Science

Cenários científicos

Linhagem defeituosa da dengue pode ser reativada pela infeção de um vírus totalmente funcional na mesma célula, revela estudo publicado nesta sexta-feira (13/1) na revista Science

13 de janeiro de 2006

Linhagem de vírus da dengue considerada defeituosa pode ser regenerada dentro das células do hospedeiro
(foto:CDC)

 

Agência FAPESP - Ela é uma linhagem defeituosa. Quando surgiu, em Mianmar (antiga Birmânia) em 2001, os cientistas logo imaginaram: com a alteração genética, esse grupo específico de vírus da dengue não iria causar problemas aos humanos.

A hipótese inicial, segundo indica estudo publicado nesta sexta-feira (13/1) na revista Science, estava errada. Depois de se espalhar bastante tanto entre os mosquitos do gênero Aedes como entre a população do país, a linhagem defeituosa do vírus passou a provocar dengue.

O artigo, assinado por Edward Holmes, da Universidade do Estado da Pensilvânia, e colaboradores, mostra uma reativação viral preocupante. A estratégia do parasita, chamada de complementação, faz com que a linhagem antes defeituosa seja restaurada ao entrar em contato com as proteínas de uma cepa viral totalmente funcional na mesma célula do hospedeiro.

Segundo os cientistas, a descoberta também tem importantes implicações para as estratégias de saúde pública, que tentam lutar contra a dengue em todo o mundo. Eles também identificaram um fenômeno interessante com a linhagem que é reativada.

Ao mesmo tempo que esse grupo do vírus cresceu nos últimos anos entre a população de Mianmar, a outra linhagem, chamada de normal, decaiu. Todo esse processo, mostra o estudo agora publicado, ocorreu em pouco tempo, uma vez que a mutação defeituosa foi identificada há apenas cinco anos.

O artigo Long-term transmission of defective RNA viruses in humans and Aedes mosquitoes pode ser lido, por assinantes, em: www.sciencemag.org.


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