Nos laboratórios brasileiros, existem estudos experimentais em andamento em São Paulo, Minas Gerais, no Rio de Janeiro e na Bahia
(foto:Agência Brasil)
A Câmara dos Deputados aprovou na quarta (2/2) a Lei de Biossegurança, que permite a pesquisa científica de célula-tronco embrionária para fins terapêuticos. O novo texto, debatido há meses, só entra em vigor após a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
A Câmara dos Deputados aprovou na quarta (2/2) a Lei de Biossegurança, que permite a pesquisa científica de célula-tronco embrionária para fins terapêuticos. O novo texto, debatido há meses, só entra em vigor após a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Nos laboratórios brasileiros, existem estudos experimentais em andamento em São Paulo, Minas Gerais, no Rio de Janeiro e na Bahia
(foto:Agência Brasil)
Revista Pesquisa FAPESP - A partir de agora, os cientistas brasileiros podem trabalhar com um pouco mais de tranqüilidade e liberdade em dois temas que geravam polêmica há meses. Em clima de euforia, a Câmara dos Deputados aprovou ontem a Lei de Biossegurança, que permite a pesquisa científica de células-tronco embrionárias para fins terapêuticos e libera a produção e a comercialização de alimentos transgênicos.
Assistida do plenário por dezenas de pessoas em cadeiras de rodas – portadores de doenças degenerativas, um dos grupos de maiores interessados na aprovação da pesquisa com células-tronco –, a votação do texto terminou com 352 votos favoráveis, 60 contrários e 1 abstenção. O novo texto, que resolve temas polêmicos, debatidos há meses, só entra em vigor após a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No mundo todo, as células-tronco são vistas com otimismo, em vista de sua capacidade de poder formar diferentes células – nervosas ou musculares, entre outras. Diante dessa capacidade de substituir tecidos doentes, podem se constituir em uma alternativa promissora para o tratamento de doenças como diabetes, Parkinson ou Alzheimer.
Nos laboratórios brasileiros, existem estudos experimentais em andamento em São Paulo, Minas Gerais, no Rio de Janeiro e na Bahia, que ainda precisam cumprir muitas etapas antes que as novas terapias possam ser aplicadas em seres humanos. O ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos, acredita que em alguns anos essas pesquisas poderão beneficiar cerca de 5 milhões de pessoas no país.
A mesma lei aprovada pela Câmara aprova a produção e a comercialização de soja transgênica, além de aumentar o poder da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), que se torna o único órgão do governo responsável por aprovar a pesquisa com organismos geneticamente modificados. Caberá ao Conselho Nacional de Biossegurança, que será formado por nove ministérios, a autorização para a comercialização de transgênicos no Brasil.
Para saber mais sobre células-tronco: clique aqui.
A Agência FAPESP licencia notícias via Creative Commons (CC-BY-NC-ND) para que possam ser republicadas gratuitamente e de forma simples por outros veículos digitais ou impressos. A Agência FAPESP deve ser creditada como a fonte do conteúdo que está sendo republicado e o nome do repórter (quando houver) deve ser atribuído. O uso do botão HMTL abaixo permite o atendimento a essas normas, detalhadas na Política de Republicação Digital FAPESP.