Nos laboratórios brasileiros, existem estudos experimentais em andamento em São Paulo, Minas Gerais, no Rio de Janeiro e na Bahia
(foto:Agência Brasil)

Células-tronco liberadas
04 de março de 2005

A Câmara dos Deputados aprovou na quarta (2/2) a Lei de Biossegurança, que permite a pesquisa científica de célula-tronco embrionária para fins terapêuticos. O novo texto, debatido há meses, só entra em vigor após a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Células-tronco liberadas

A Câmara dos Deputados aprovou na quarta (2/2) a Lei de Biossegurança, que permite a pesquisa científica de célula-tronco embrionária para fins terapêuticos. O novo texto, debatido há meses, só entra em vigor após a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva

04 de março de 2005

Nos laboratórios brasileiros, existem estudos experimentais em andamento em São Paulo, Minas Gerais, no Rio de Janeiro e na Bahia
(foto:Agência Brasil)

 

Por Carlos Fioravanti

Revista Pesquisa FAPESP - A partir de agora, os cientistas brasileiros podem trabalhar com um pouco mais de tranqüilidade e liberdade em dois temas que geravam polêmica há meses. Em clima de euforia, a Câmara dos Deputados aprovou ontem a Lei de Biossegurança, que permite a pesquisa científica de células-tronco embrionárias para fins terapêuticos e libera a produção e a comercialização de alimentos transgênicos.

Assistida do plenário por dezenas de pessoas em cadeiras de rodas – portadores de doenças degenerativas, um dos grupos de maiores interessados na aprovação da pesquisa com células-tronco –, a votação do texto terminou com 352 votos favoráveis, 60 contrários e 1 abstenção. O novo texto, que resolve temas polêmicos, debatidos há meses, só entra em vigor após a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No mundo todo, as células-tronco são vistas com otimismo, em vista de sua capacidade de poder formar diferentes células – nervosas ou musculares, entre outras. Diante dessa capacidade de substituir tecidos doentes, podem se constituir em uma alternativa promissora para o tratamento de doenças como diabetes, Parkinson ou Alzheimer.

Nos laboratórios brasileiros, existem estudos experimentais em andamento em São Paulo, Minas Gerais, no Rio de Janeiro e na Bahia, que ainda precisam cumprir muitas etapas antes que as novas terapias possam ser aplicadas em seres humanos. O ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos, acredita que em alguns anos essas pesquisas poderão beneficiar cerca de 5 milhões de pessoas no país.

A mesma lei aprovada pela Câmara aprova a produção e a comercialização de soja transgênica, além de aumentar o poder da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), que se torna o único órgão do governo responsável por aprovar a pesquisa com organismos geneticamente modificados. Caberá ao Conselho Nacional de Biossegurança, que será formado por nove ministérios, a autorização para a comercialização de transgênicos no Brasil.

Para saber mais sobre células-tronco: clique aqui.


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