Consórcio de universidades Universitas 21 premia presidente da FAPESP por ampliar "o ensino, o aprendizado e a pesquisa através das fronteiras" (esq.p/dir.: Ignacio Sánchez, reitor da Pontifícia Universidade Católica do Chile, Glyn Davis, vice-chanceler da Universidade de Melbourne, e Celso Lafer / foto: UC)

Celso Lafer recebe Medalha Gilbert
12 de maio de 2015

Consórcio de universidades Universitas 21 premia presidente da FAPESP por ampliar "o ensino, o aprendizado e a pesquisa através das fronteiras"

Celso Lafer recebe Medalha Gilbert

Consórcio de universidades Universitas 21 premia presidente da FAPESP por ampliar "o ensino, o aprendizado e a pesquisa através das fronteiras"

12 de maio de 2015

Consórcio de universidades Universitas 21 premia presidente da FAPESP por ampliar "o ensino, o aprendizado e a pesquisa através das fronteiras" (esq.p/dir.: Ignacio Sánchez, reitor da Pontifícia Universidade Católica do Chile, Glyn Davis, vice-chanceler da Universidade de Melbourne, e Celso Lafer / foto: UC)

 

Agência FAPESP – Celso Lafer, presidente da FAPESP, recebeu a Medalha Gilbert, anualmente concedida pelo consórcio de universidades Universitas 21 a quem se destaca por “aumentar o entendimento, a confiança e a parceria entre universidades de vários países, ampliando o ensino, o aprendizado e a pesquisa através das fronteiras físicas e fortalecendo a colaboração entre universidades de pesquisa pelo mundo”.

No período da presidência de Lafer, iniciado há sete anos e oito meses, a FAPESP firmou cerca de cem acordos internacionais (até o total de 125 atualmente vigentes), com universidades, institutos de pesquisa, agências de financiamento à pesquisa e empresas. Esses acordos já geraram mais de 800 projetos de pesquisa, que aumentam a visibilidade e o impacto da ciência produzida em São Paulo em todas as áreas de conhecimento.

O consórcio Universitas 21 foi estabelecido em 1997, em Melbourne, na Austrália. Atualmente, reúne 25 universidades de pesquisa de várias nações de todos os continentes, que, juntas, têm 1,3 milhão de estudantes, 220 mil professores e funcionários e orçamento anual de US$ 25 bilhões, dos quais US$ 6,5 bilhões destinados apenas à pesquisa.

A Medalha Gilbert foi estabelecida em 2011 para homenagear um dos fundadores e entusiastas do consórcio, o professor Alan Gilbert, morto em 2010, que foi reitor da Universidade de Manchester (Reino Unido) e vice-reitor da Universidade de Melbourne (Austrália).

Antes de Lafer, receberam a medalha: Domenico Lenarduzzi, diretor-geral da Educação e Cultura da Comissão Europeia; Allan Goodman, presidente do Instituto Internacional de Educação; e Jane Knight, professora do Instituto de Estudos sobre Educação de Ontario, no Canadá.

A entrega da Medalha Gilbert a Celso Lafer ocorreu na semana passada em Santiago, no campus da Pontifícia Universidade Católica do Chile, que hospedou o encontro anual do Universitas 21.

Na apresentação que fez do homenageado, a secretária-geral do Universitas 21, Jane Usherwood, disse que “ao longo de sua distinguida carreira nas esferas acadêmica e política, o Professor Lafer tem feito uma contribuição constante à internacionalização do ensino superior; ele tem desempenhado importantes papéis no governo e na academia, e é um magnífico exemplo, pelas inúmeras contribuições que tem dado nas várias facetas de sua vida em seu país e em outros”.

Em seu discurso durante a cerimônia, Lafer ressaltou como a ciência tem sido uma atividade marcadamente internacional, pelo menos desde a Renascença.

“Às vezes, a institucionalização de relações internacionais pela ciência precedeu até as relações diplomáticas formais entre Estados. Na Inglaterra, por exemplo, a entidade científica Royal Society estabeleceu uma secretaria internacional em 1723, quase 60 anos antes de o governo inglês criar uma pasta para relações externas em seu gabinete”, disse.

No Brasil, Lafer lembrou aos presentes à cerimônia em Santiago, o patriarca da Independência, José Bonifácio de Andrade e Silva, renomado cientista na área da mineralogia, que participava ativamente de atividades de academias científicas europeias mesmo antes da criação do Estado brasileiro.

A globalização e crescente interdependência internacional do mundo contemporâneo só têm feito crescer a relevância da ciência nas relações entre países, afirmou Lafer.

“É por isso que o empoderamento das sociedades e dos indivíduos requerem o apoio e a manutenção de capacidades de pesquisa e da transparência generalizada dos resultados de seu trabalho”, disse.

As maneiras pelas quais a ciência se insere na agenda internacional contemporânea são abarcadas em pelo menos três dimensões, disse Lafer em seu discurso: a ciência na diplomacia, a diplomacia para a ciência e a ciência para a diplomacia.

“A diplomacia para a ciência tem guiado minhas atividades no processo de internacionalização da FAPESP e o potencial da ciência para a diplomacia tem sempre estado presente em minha mente como resultado de minha prévia experiência na política externa brasileira”, declarou.

Ao final, o presidente da FAPESP afirmou: “Cientistas compartilham os valores e méritos da pesquisa científica. Desse modo, eles constroem um tipo especial de comunidade integrada mundialmente e são os responsáveis pela manutenção dessa comunidade e pela solidariedade de fato que criam. É por isso que esta é uma esfera da vida internacional efetivamente aberta para a cooperação, a confiança e o entendimento mútuo. É um ativo num sistema internacional com tantas tensões e conflitos”.
 

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