Professora emérita do Instituto de Psicologia da USP morre aos 80 anos (foto: Niels Andreas/Psicologia USP)
Professora emérita do Instituto de Psicologia da USP e presidente de honra da SBPC morre em São Paulo. Foi a líder do movimento que levou à regulamentação da profissão de psicólogo no país
Professora emérita do Instituto de Psicologia da USP e presidente de honra da SBPC morre em São Paulo. Foi a líder do movimento que levou à regulamentação da profissão de psicólogo no país
Professora emérita do Instituto de Psicologia da USP morre aos 80 anos (foto: Niels Andreas/Psicologia USP)
Carolina foi presidente da Associação Brasileira de Psicologia e da Associação Nacional de Pesquisa e Pós Graduação em Psicologia. Foi também diretora científica do Núcleo de Pesquisas sobre Ensino Superior da USP, coordenadora do Núcleo de Documentação sobre Formação Científica do Instituto Brasileiro de Educação, Cultura e Ciência e presidente de honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), entidade da qual foi também a primeira presidente mulher.
Liderou o movimento que culminou com a legislação que regulamenta a profissão de psicólogo no país, tendo recebido o registro número 1 do Conselho Regional de Psicologia. Quatro décadas depois, como integrante da Comissão de Especialistas de Psicologia, participou da formulação das diretrizes curriculares para o curso de graduação em Psicologia.
Participou da criação do Departamento de Psicologia na Universidade de Brasília. Foi diretora do Centro de Educação e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), entre 1976 e 1979, e professora visitante em 1982 e 1983. Em 2003, recebeu o título de Doutor Honoris Causa da UFSCar.
A professora se formou em pedagogia pela USP, onde fez especialização e doutorado em psicologia. O mestrado foi obtido na Graduate Faculty New School For Social Research, nos Estados Unidos.
"Depoimentos podem ser, em si, excelentes imagens para dizer de uma carreira, de uma vida. (...) Depoimentos de estudantes da graduação de hoje seriam preciosos para dizer quanto Carolina Bori consegue sempre influir na moçada. Com seu jeito a um tempo calmo, de quem muito ouve, mas enérgico, indignado até quando menos se espera, é com ela que a gente aprende muito, cada vez que a encontramos – numa banca de tese de livre docência ou para atribuição de prêmio a jovens pesquisadores; numa comissão de programação de um evento científico ou na avaliação de projetos de curso ou de pesquisa; ou no comando de uma pesquisa. Muito nos honra poder aparecer, com tanta gente boa que ela formou, nos retratos de Carolina Bori", escreveu Maria do Carmo Guedes, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, na revista Psicologia USP, em 1998.
Para ler o artigo de Maria do Carmo sobre Carolina Bori, na biblioteca on-line SciELO (Bireme/FAPESP), clique aqui.
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