Cardiologia digital
19 de dezembro de 2003

Instituto do Coração do Hospital das Clínicas é a primeira instituição brasileira a operar com uma sala de hemodinâmica totalmente digitalizada. Um dos ganhos do equipamento é reduzir em até 40% a dose de radiação emitida sobre o paciente

Cardiologia digital

Instituto do Coração do Hospital das Clínicas é a primeira instituição brasileira a operar com uma sala de hemodinâmica totalmente digitalizada. Um dos ganhos do equipamento é reduzir em até 40% a dose de radiação emitida sobre o paciente

19 de dezembro de 2003

 

Agência FAPESP - Uma nova forma de fazer os tradicionais exames cardiológicos de cateterismo e angioplastia acaba de ser inaugurada no Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. O sistema 100% digital é o primeiro a funcionar em uma instituição brasileira. Uma das vantagens do novo aparelho é oferecer menos risco ao paciente: a radiação emitida num exame chega a ser até 40% inferior.

Com o novo sistema, os médicos poderão observar com maior detalhes os vasos, câmaras e válvulas do coração. O cateterismo e a angioplastia (intervenção do cateter para desobstrução de vasos sangüíneos) também poderão ser feitos com velocidade e qualidade superiores.

O equipamento implantado na sala de hemodinâmica do Incor, fabricado pela Philips, foi adquirido pela Fundação Zerbini. A novidade tecnológica do equipamento é o sistema de digitalização das imagens processadas após a captação – realizada à velocidade de 30 quadros por segundo.

As informações visuais exibidas pelo aparelho são frutos da sombra radiológica que o corpo do paciente projeta, após a exposição aos raios X. O detector capta os raios emitidos pelo equipamento, converte a radiação em luz e depois transforma a luz em corrente elétrica.

Com a nova tecnologia, o Incor espera melhorar o atendimento a seus pacientes, dando mais confiabilidade e segurança aos exames cardiológicos. O instituto realiza, em média, 250 mil consultas, 13 mil internações, 5 mil cirurgias e 2 milhões de exames de diagnóstico por ano. Segundo a diretoria do órgão, 80% desse atendimento é realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).


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