Capacitação indígena no ensino superior

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Agência FAPESP* –Por Thiago Romero

Agência FAPESP - O acesso de índios a cursos universitários está mais fácil graças a um convênio assinado na sexta-feira (12/3), envolvendo a Universidade de Brasília (UnB) e a Fundação Nacional do Índio (Funai). Inicialmente com vigência de 10 anos, o acordo prevê a destinação de vagas específicas para índios na instituição de ensino superior. 

"O objetivo é promover a formação e a capacitação de indígenas em nível superior para atender às demandas específicas das comunidades indígenas brasileiras", disse Diane Moura, chefe do Departamento de Jornalismo da Faculdade de Comunicação da UnB e relatora do Plano de Metas para Integração Social, Étnica e Racial da UnB, em entrevista à Agência FAPESP. 

A idéia é fazer com que os índios capacitados regressem às suas comunidades para aplicar os conhecimentos adquiridos na universidade, de modo a melhorar a condição de vida dessas populações. Os cursos para os indígenas envolverão cinco áreas prioritárias: proteção ao meio ambiente; gestão sustentável em terras indígenas; saúde; educação; e defesa de direitos. 

A decisão de oferecer vagas para índios foi aprovada juntamente com a proposta de criação de cotas para negros na UnB, que terão, a partir de 2004, 20% de todas as vagas oferecidas pela universidade. Todos os índigenas aprovados vão assistir às mesmas aulas das outras turmas da universidade. 

A previsão da UnB é disponibilizar dez vagas por semestre a índios. As primeiras vagas serão ocupadas por representantes de tribos das regiões Norte, Centro-Oeste e Sul, entre elas xavante, pataxó, tukano, macuxi e pankararu. Para o primeiro semestre de 2004, o número é maior. São 15 vagas, para serem preenchidas por índios que estudam em instituições privadas em Brasília e que querem ingressar na UnB. O processo de seleção será feito no dia 13, por meio de uma prova de conhecimentos gerais, matemática e língua portuguesa.

"Queremos acolher esses índios, pois a maioria tem dificuldade de permanecer em faculdades particulares de Brasília", disse Diane. A partir do segundo semestre de 2004, as vagas deverão ser preenchidas por indígenas que nunca ingressaram no ensino superior. 

Além do curso de graduação, os candidatos aprovados, que começam a estudar na segunda-feira (15/3), contarão com apoio psicológico e pedagógico da UnB, além de auxílio financeiro concedido pela Funai, que ficará responsável pela concessão de bolsas em três níveis. A categoria A, no valor de R$ 900, prevê hospedagem, alimentação, transporte e apoio escolar. A categoria B, de R$ 260, inclui alimentação, transporte e apoio escolar, e a C, de R$ 150, é destinada ao transporte e apoio escolar.

<b>Por Thiago Romero</b>
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<b>Agência FAPESP</b> - O acesso de índios a cursos universitários está mais fácil graças a um convênio assinado na sexta-feira (12/3), envolvendo a Universidade de Brasília (UnB) e a Fundação Nacional do Índio (Funai). Inicialmente com vigência de 10 anos, o acordo prevê a destinação de vagas específicas para índios na instituição de ensino superior. 
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"O objetivo é promover a formação e a capacitação de indígenas em nível superior para atender às demandas específicas das comunidades indígenas brasileiras", disse Diane Moura, chefe do Departamento de Jornalismo da Faculdade de Comunicação da UnB e relatora do Plano de Metas para Integração Social, Étnica e Racial da UnB, em entrevista à <b>Agência FAPESP</b>. 
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A idéia é fazer com que os índios capacitados regressem às suas comunidades para aplicar os conhecimentos adquiridos na universidade, de modo a melhorar a condição de vida dessas populações. Os cursos para os indígenas envolverão cinco áreas prioritárias: proteção ao meio ambiente; gestão sustentável em terras indígenas; saúde; educação; e defesa de direitos. 
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A decisão de oferecer vagas para índios foi aprovada juntamente com a proposta de criação de cotas para negros na UnB, que terão, a partir de 2004, 20% de todas as vagas oferecidas pela universidade. Todos os índigenas aprovados vão assistir às mesmas aulas das outras turmas da universidade. 
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A previsão da UnB é disponibilizar dez vagas por semestre a índios. As primeiras vagas serão ocupadas por representantes de tribos das regiões Norte, Centro-Oeste e Sul, entre elas xavante, pataxó, tukano, macuxi e pankararu. Para o primeiro semestre de 2004, o número é maior. São 15 vagas, para serem preenchidas por índios que estudam em instituições privadas em Brasília e que querem ingressar na UnB. O processo de seleção será feito no dia 13, por meio de uma prova de conhecimentos gerais, matemática e língua portuguesa.
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"Queremos acolher esses índios, pois a maioria tem dificuldade de permanecer em faculdades particulares de Brasília", disse Diane. A partir do segundo semestre de 2004, as vagas deverão ser preenchidas por indígenas que nunca ingressaram no ensino superior. 
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Além do curso de graduação, os candidatos aprovados, que começam a estudar na segunda-feira (15/3), contarão com apoio psicológico e pedagógico da UnB, além de auxílio financeiro concedido pela Funai, que ficará responsável pela concessão de bolsas em três níveis. A categoria A, no valor de R$ 900, prevê hospedagem, alimentação, transporte e apoio escolar. A categoria B, de R$ 260, inclui alimentação, transporte e apoio escolar, e a C, de R$ 150, é destinada ao transporte e apoio escolar. 
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