Cientistas descobrem que flutuações magnéticas são responsáveis pela supercondutividade no PuCoGa5 (ilust.: divulgação)

Calor a 219º negativos
08 de abril de 2005

Cientistas descobrem que flutuações magnéticas são responsáveis pela supercondutividade no PuCoGa5. O composto torna-se supercondutor em uma das mais altas temperaturas já obtidas em laboratório

Calor a 219º negativos

Cientistas descobrem que flutuações magnéticas são responsáveis pela supercondutividade no PuCoGa5. O composto torna-se supercondutor em uma das mais altas temperaturas já obtidas em laboratório

08 de abril de 2005

Cientistas descobrem que flutuações magnéticas são responsáveis pela supercondutividade no PuCoGa5 (ilust.: divulgação)

 

Agência FAPESP - Cientistas norte-americanos e sul-coreanos descobriram que flutuações magnéticas aparentemente são responsáveis pelo fenômeno da supercondutividade em um composto chamado plutônio-cobalto-pentagálio (PuCoGa5).

De acordo com os pesquisadores, a descoberta dessa supercondutividade não-convencional pode levar à criação de uma nova classe de materiais supercondutores e até mesmo à tão sonhada síntese de supercondutores na temperatura ambiente.

O estudo, publicado na revista Nature, foi conduzido por pesquisadores do Laboratório Nacional de Los Alamos, nos Estados Unidos, e da Universidade Nacional de Chonnam, na Coréia do Sul. O artigo descreve as evidências de como as flutuações magnéticas podem ser responsáveis pela união de elétrons que leva à supercondutividade no PuCoGa5.

Supercondutividade é um estado incomum da matéria no qual a corrente elétrica circula sem resistência por um determinado material, como resultado dos elétrons desse material atuarem em pares. Desde a descoberta do PuCoGa5 no Laboratório de Los Alamos, em 2003, os cientistas têm procurado entender se o composto é apenas mais um exemplo comum de supercondutor ou uma forma inusitada, mediada por flutuações magnéticas.

Embora as temperaturas nas quais a supercondutividade é observada costumam ser muito baixas, alguns compostos, como o PuCoGa5, apresentam o fenômeno em temperaturas maiores do que 219º C abaixo de zero.

Segundo o Laboratório de Los Alamos, ainda que pareça muito baixa, trata-se da mais alta temperatura de transição da supercondutividade observada até o momento entre compostos baseados no grupo dos actinídeos – do qual faz parte o plutônio e o urânio.

O estudo Unconventional superconductivity in PuCoGa5, de N.J.Curro, T.Caldwell, E.D.Bauer e outros, pode ser lido por assinantes da revista Nature, em www.nature.com.


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