Facilitar o acesso de empresas a tecnologias desenvolvidas nas universidades é o objetivo do Programa de Investigação Tecnológica (PIT) e da recém-lançada ferramenta Acelere sua Tecnologia

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09 de janeiro de 2007

Facilitar o acesso de empresas a tecnologias desenvolvidas nas universidades é o objetivo do Programa de Investigação Tecnológica (PIT) e da recém-lançada ferramenta Acelere sua Tecnologia

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09 de janeiro de 2007

Facilitar o acesso de empresas a tecnologias desenvolvidas nas universidades é o objetivo do Programa de Investigação Tecnológica (PIT) e da recém-lançada ferramenta Acelere sua Tecnologia

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP - O Instituto Inovação, empresa com sede em Belo Horizonte e Campinas (SP), lançou, no fim do ano passado, uma ferramenta de avaliação e comercialização de tecnologias destinada a pesquisadores que desenvolveram ou que estão em fase de idealização de inovações com potencial de licenciamento a empresas ou investidores.

A ferramenta Acelere sua Tecnologia funciona por meio do cadastro on-line de inovações. A análise dos detalhes técnicos de cada proposta para a possível transferência tecnológica fica a cargo dos profissionais do instituto, com custo zero.

"As inovações são primeiramente apresentadas a grupos privados para qualificarmos a viabilidade técnica e econômica de sua aplicação. Com a identificação de tecnologias com potencial mercadológico, na maior parte dos casos o que ocorre é a criação de pequenas empresas de base tecnológica para a exploração do conteúdo inovador de cada projeto", disse Bruno Moreira, diretor do Instituto Inovação, à Agência FAPESP.

Moreira explica que desde a criação do Instituto Inovação, há três anos, cerca de 120 propostas foram analisadas. Com o auxílio do Acelere sua Tecnologia, o objetivo é otimizar essa triagem e aproximar mais o conhecimento acadêmico do mercado.

No sistema, o interessado cria uma conta de usuário, cadastra a tecnologia e submete o plano de negócio para análise. Grau de ineditismo da tecnologia, estágio de desenvolvimento, potencial de mercado, viabilidade econômica e riscos técnicos e de negócio são alguns critérios utilizados na avaliação das propostas.

"Basicamente, há dois níveis de investigação. O primeiro envolve uma análise rápida para vermos o que parece ser interessante. Em uma segunda etapa, custeada pela empresa que se interessou pela tecnologia, fazemos um estudo mais amplo e detalhado para que os resultados desse processo de fato cheguem ao mercado", explica Moreira.

Ele ressalta que a ferramenta, disponível no site do instituto, não é destinada ao cadastro de idéias, mas de inovações em níveis básicos ou médios de implementação. Mesmo que a tecnologia cadastrada não desperte o interesse das empresas consultadas pelos analistas do Instituto Inovação, o autor recebe um parecer com recomendações para aperfeiçoar seu projeto.


Mesma metodologia, abrangências diferentes

O sistema Acelere sua Tecnologia segue a mesma metodologia utilizada no Programa de Investigação Tecnológica (PIT), criado em agosto de 2006 por cinco instituições: a Universidade de São Paulo, a Universidade Estadual de Campinas, a Universidade Estadual Paulista, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares.

Bruno Moreira, que também é um dos responsáveis pela gestão e execução do PIT, que tem apoio da FAPESP e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), explica que a diferença básica entre os dois sistemas é a abrangência dos autores das propostas depositadas.

"No PIT, só pesquisadores das cinco entidades podem cadastrar inovações, enquanto no Acelere empreendedores de qualquer instituição de ensino e pesquisa do país podem participar", conta.

Até o fim de 2008, representantes das instituições estão selecionando projetos tecnológicos em andamento em seus laboratórios. A expectativa para o PIT é que 120 tecnologias sejam estudadas para dimensionamento no mercado nacional e internacional.

Outros objetivos do PIT são difundir a importância da propriedade intelectual das inovações tecnológicas e fazer com que todo o processo contribua para o aumento da competência das agências de inovação envolvidas com a iniciativa.

"Seja por questões burocráticas ou por falta de financiamento, o Brasil ainda tem sérias dificuldades em transformar o conhecimento gerado nas universidades em algo prático para o mercado. Reverter esse quadro com a aplicação dos resultados de pesquisa por empreendedores brasileiros, seja no Brasil ou no exterior, é fundamental", disse Moreira.

Mais informações: www.pit-sp.org.br e www.institutoinovacao.com.br.


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