Com dados do satélite Aura, cientistas da Nasa calculam que o buraco de ozônio sobre a Antártica aumentou em relação a 2004. A variação foi pequena, mas interrompe a queda esperada pela redução dos gases estufa
Com dados do satélite Aura, cientistas da Nasa calculam que o buraco de ozônio sobre a Antártica aumentou em relação a 2004. A variação foi pequena, mas interrompe a queda esperada pela redução dos gases estufa
Os números foram divulgados pela Nasa, a agência espacial norte-americana, e obtidos a partir de dados enviados pelo satélite Aura, lançado em julho de 2004 para o estudo do composição química da atmosfera terrestre.
Com o satélite, os cientistas esperam conseguir um melhor acompanhamento do buraco de ozônio, cujos registros do tamanho a cada primavera antártica trazem grandes diferenças, dependendo dos mecanismos empregados na observação.
Segundo a Nasa, o maior tamanho registrado foi em 1998, quando o buraco de ozônio passou dos 26 milhões de quilômetros quadrados. Em 10 dos últimos 12 anos a área atingiu mais de 20 milhões de quilômetros quadrados. Antes de 1985, o máximo era de 10 milhões. Desde as primeiras observações por satélite, em 1979, o buraco tem crescido.
A aparente boa notícia é que, com a diminuição dos gases que provocam o efeito estufa pelos países industrializados – que incluiu a proibição de compostos químicos mais prejudiciais –, o buraco de ozônio tem permanecido longe do recorde de 1998.
Mas a velocidade da queda tem sido pequena e estudos recentes estimam que a recuperação total da área desprotegida não ocorrerá antes de 2050. Com a elevação registrada este ano, a recuperação parece estar ainda mais distante.
Mais informações: http://aura.gsfc.nasa.gov.
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