Foto:Interlegis
O uso de programas de computador com códigos abertos foi discutido em evento organizado pelo Congresso Nacional, que se encerra sexta (22/8). O chefe do Serviço de Produtos e Tecnologia do Programa Interlegis, Paulo Fernandes Júnior (foto), explicou que o programa se tornou viável pelo uso de tal tipo de software
O uso de programas de computador com códigos abertos foi discutido em evento organizado pelo Congresso Nacional, que se encerra sexta (22/8). O chefe do Serviço de Produtos e Tecnologia do Programa Interlegis, Paulo Fernandes Júnior (foto), explicou que o programa se tornou viável pelo uso de tal tipo de software
Foto:Interlegis
Paulo de Souza Fernandes Júnior, chefe do Serviço de Produtos e Tecnologia do Interlegis (STC), explicou que o programa só se mostrou viável pelo emprego de softwares livres. "Mais de 2,7 mil casas legislativas do Brasil aderiram ao Programa. Do total, 1,6 mil já receberam os computadores", disse Fernandes Júnior, segundo informações do site do Interlegis. Segundo ele, a adesão só foi possível porque não se precisou pagar pela licença de uso dos softwares, como é a regra com programas comerciais.
O Interlegis é um programa desenvolvido pelo Congresso Nacional, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Seu objetivo é modernizar e integrar o Poder Legislativo nos níveis federal, estadual e municipal.
O evento em Brasília teve a participação do norte-americano Richard Stallman, considerado o "papa" do software livre. Stallman é o fundador da Free Software Foundation, que se dedica a promover o direito de utilizar, estudar, copiar, modificar e redistribuir livremente programas de computador. "Globalizamos o desenvolvimento do conhecimento humano por meio do software livre", disse no evento, ao resumir a importância do assunto.
Para outra participante, Léa Fagundes, do Laboratório de Estudos Cognitivos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o software livre é uma ferramenta que permite trabalhar a inclusão social, auxiliando, por exemplo, no ensino de informática a crianças.
O ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, que esteve na abertura do evento, alertou para o surgimento de um novo paradigma entre os países desenvolvidos e subdesenvolvidos. "Esse marco se interpõe entre as nações que dominam e as que não dominam o avanço do conhecimento científico e tecnológico, inclusive, ou principalmente, entre os que dominam e os que não dominam o aparato de manejo, reprodução e difusão desse conhecimento", disse Amaral.
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