Área de proteção ambiental em Santa Catarina, segundo estudo, precisa ser aperfeiçoada para continuar dando segurança aos botos (foto: Paulo Flores)
Em Florianópolis, cetáceos da espécie Sotalia fluviatilis apresentam áreas de vida bastante pequenas, segundo estudo publicado na Journal of Aquatica Mammals, que mostra que as regiões protegidas coincidem com a área de preferência dos animais
Em Florianópolis, cetáceos da espécie Sotalia fluviatilis apresentam áreas de vida bastante pequenas, segundo estudo publicado na Journal of Aquatica Mammals, que mostra que as regiões protegidas coincidem com a área de preferência dos animais
Área de proteção ambiental em Santa Catarina, segundo estudo, precisa ser aperfeiçoada para continuar dando segurança aos botos (foto: Paulo Flores)
A análise geográfica da área ocupada pelos botos em um pedaço do litoral sul do Brasil é um dos principais resultados de um estudo publicado na edição atual da The Latin American Journal of Aquatic Mammals. O pesquisador Paulo Flores, um dos idealizadores da reserva, é quem assina o artigo ao lado de Mariel Bazzalo. Os dois também são pesquisadores da International Wildlife Coalition.
A área ocupada pelos botos em Santa Catarina, assim como o padrão de movimento diurno dos animais, nunca havia sido mapeada. Dois métodos de análise foram utilizados para calcular a média das áreas de vida geral dos cetáceos, a outra medida obtida além da definição das áreas preferenciais. Pelo mínimo polígono convexo, a área é de 13,38 quilômetros quadrados. Pelo estimador Kornel são 15,22 quilômetros quadrados.
Além de descobrirem que as áreas de vida dos botos são pequenas, os cientistas detectaram que os movimentos diurnos dos animais ocorrem em uma profundidade média constante de três metros. O resultado do estudo mostra que a manutenção da área de preservação ambiental e o seu aperfeiçoamento são fundamentais para a preservação da espécie.
Com base no conhecimento científico sobre os botos gerados pelo estudo recente, os autores do trabalho fizeram novas proposições, para que a espécie seja ainda mais preservada. Para os cientistas é necessário, por exemplo, criar uma "zona tampão" ao sul dos atuais limites da unidade de conservação, de forma a incluir toda a área de vida dos tucuxis marinhos. Fiscalizar e regulamentar a pesca e o tráfego de embarcações são outras medidas importantes.
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