Concepção artística do Smart-1 (ESA)
Agência Espacial Européia lança neste fim de semana a Smart-1, que custa cinco vezes menos, usa pouco combustível e consegue carregar mais equipamentos científicos que uma nave comum
Agência Espacial Européia lança neste fim de semana a Smart-1, que custa cinco vezes menos, usa pouco combustível e consegue carregar mais equipamentos científicos que uma nave comum
Concepção artística do Smart-1 (ESA)
Smart quer dizer "small missions for advanced research and technology" (pequenas missões para pesquisa e tecnologia avançada). A nave, da Agência Espacial Européia (ESA), que traz o lema "mais ciência por menos dinheiro", pesa apenas 367 quilos e custou 110 milhões de euros, o que equivale a um quinto de uma missão normal da agência. No valor, estão inclusos o lançamento, todas as operações e uma dúzia de experimentos científicos.
Apesar do custo e tamanho reduzidos, o Smart-1 vem sendo chamado pelos europeus de "primeira espaçonave do futuro". Além da miniaturização dos componentes, traz um novo sistema de propulsão solar-elétrico, que emprega motores iônicos. Esses motores utilizam a eletricidade gerada pelos painéis solares da nave para produzirem um feixe contínuo de partículas carregadas (íons) que impulsiona a nave. São muito eficientes, conseguindo cerca de dez vezes mais impulso por quilo do propelente utilizado. Com isso, pode viajar com menos combustível, sobrando mais espaço para equipamentos científicos.
Há décadas, engenheiros espaciais têm trabalhado com motores iônicos, mas apenas recentemente foram superados alguns obstáculos, entre os quais o fornecimento de energia para seu funcionamento. A Smart-1 resolve a questão com os painéis que captam a energia solar, enormes para o tamanho da nave, de um metro cúbico. Dobráveis, somam 14 metros de extensão.
A Agência Espacial Européia estima que a Smart-1 entre em órbita da Lua em dezembro de 2004, quando começará a realizar diversos experimentos científicos, entre os quais verificar a existência de água no satélite e levantar dados para avaliar a possibilidade de instalação de uma base permanente na superfície lunar.
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