As pesquisadoras Monica Alves (Unicamp), Caroline Nascimento Barquilha (CNPEM), Monielle Sant'Ana Leal (CNPEM) e Ana Carolina Migliorini Ferreira (CNPEM) com um dos prêmios recebidos no congresso (foto: CNPEM/divulgação)

Premiação
Bolsistas da FAPESP são premiadas por estudos com pele bioimpressa e biocurativo
18 de setembro de 2025

Trabalhos de pesquisadoras do Laboratório Nacional de Biociências (LNBio) do Centro Nacional de Pesquisas em Energia e Materiais (CNPEM) foram destaque em congresso internacional da Sociedade Brasileira de Terapia Celular e Medicina Regenerativa

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Trabalhos de pesquisadoras do Laboratório Nacional de Biociências (LNBio) do Centro Nacional de Pesquisas em Energia e Materiais (CNPEM) foram destaque em congresso internacional da Sociedade Brasileira de Terapia Celular e Medicina Regenerativa

18 de setembro de 2025

As pesquisadoras Monica Alves (Unicamp), Caroline Nascimento Barquilha (CNPEM), Monielle Sant'Ana Leal (CNPEM) e Ana Carolina Migliorini Ferreira (CNPEM) com um dos prêmios recebidos no congresso (foto: CNPEM/divulgação)

 

Agência FAPESP * – Monielle Santana Leal e Caroline Nascimento Barquilha, ambas pesquisadoras do Laboratório Nacional de Biociências (LNBio) do Centro Nacional de Pesquisas em Energia e Materiais (CNPEM), tiveram os seus trabalhos premiados durante o Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de Terapia Celular e Medicina Regenerativa.

Leal, que é bolsista da FAPESP, recebeu o prêmio de “Melhor Trabalho Científico na Categoria Pós-graduando” pelo desenvolvimento de um modelo tridimensional de pele humana artificial bioimpressa, com potencial aplicação no estudo de feridas diabéticas.

O trabalho busca reproduzir as alterações estruturais e funcionais da pele de pessoas com diabetes, contribuindo para o avanço de terapias regenerativas mais eficazes e para a redução do uso de modelos animais em testes científicos.

Entre as formulações testadas, uma matriz dérmica inovadora se destacou por favorecer a organização tecidual e a maturação da epiderme. Esse avanço representa um passo importante na engenharia de tecidos aplicada à cicatrização de feridas crônicas.

O projeto está sendo desenvolvido no CNPEM, com apoio da FAPESP e da Organização Neerlandesa para a Pesquisa Científica (NWO), por meio de uma chamada especial voltada a pesquisas com biomateriais projetados para a área da saúde.

Barquilha, que também é bolsista da FAPESP, foi homenageada com o prêmio de “Melhor Trabalho Científico na Categoria Profissional Pesquisador – Apresentação de Pôster”.

A pesquisa apresentada utiliza a membrana amniótica, tecido derivado da placenta humana e de alto poder regenerativo, como fonte para o desenvolvimento de biocurativos e para isolamento de células-tronco. A ideia da pesquisa é utilizar os biocurativos para uso no tratamento de doenças oftalmológicas, sobretudo as patologias que acometem a superfície ocular externa.

Durante o estudo, desenvolvido em parceria com a pesquisadora Mônica Alves, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), os biocurativos foram caracterizados e produzidos sob rigoroso controle de qualidade. Com isso, a equipe conseguiu padronizar todas as etapas do processo – desde a coleta e o cultivo até a criopreservação das células-tronco presentes na membrana amniótica –, garantindo a esterilidade e a segurança do material.

A pesquisa, financiada com recursos da FAPESP, agora avança para a fase de estudos clínicos, prevista para começar nos próximos meses no Hospital de Clínicas da Unicamp.

O Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de Terapia Celular e Medicina Regenerativa aconteceu em junho, em São Paulo. O evento reuniu pesquisadores, médicos e especialistas do Brasil e do exterior e teve apresentações de 65 trabalhos científicos.

* Com informações do CNPEM.
 

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