Com um estudo sobre regulação da glicemia, a pesquisadora Karoline Martins dos Santos recebeu o prêmio de melhor apresentação de trabalho científico em evento nos Estados Unidos (foto: ICB/USP)
Com um estudo sobre regulação da glicemia, a pesquisadora Karoline Martins dos Santos recebeu o prêmio de melhor apresentação de trabalho científico em evento nos Estados Unidos
Com um estudo sobre regulação da glicemia, a pesquisadora Karoline Martins dos Santos recebeu o prêmio de melhor apresentação de trabalho científico em evento nos Estados Unidos
Com um estudo sobre regulação da glicemia, a pesquisadora Karoline Martins dos Santos recebeu o prêmio de melhor apresentação de trabalho científico em evento nos Estados Unidos (foto: ICB/USP)
Agência FAPESP * – O Departamento de Fisiologia Integrativa e Celular do Centro de Ciências da Saúde da University of Texas at San Antonio (Estados Unidos) concedeu um prêmio internacional para Karoline Martins dos Santos, pós-graduanda de doutorado direto no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) com Bolsa Estágio de Pesquisa no Exterior (BEPE).
Santos estuda as ações da insulina no sistema nervoso central e os mecanismos que influenciam a regulação da glicemia. A doutoranda recebeu o prêmio de melhor apresentação de trabalho científico em congresso realizado na University of Texas, onde Santos atua como pesquisadora convidada.
O congresso reúne todos os docentes e discentes do departamento. Nele, são apresentados trabalhos dentro de 54 linhas de pesquisa e seus avanços. Ao final, as melhores apresentações e trabalhos são premiados, sendo dois prêmios para cada categoria: graduação, pós-graduação, treinamento técnico e pós-doutorado. As avaliações são feitas com base na relevância do estudo e na capacidade de apresentar os resultados e comunicar o conhecimento. Karoline foi premiada na categoria de melhor apresentação de trabalho.
“Além de muito gratificante, ser premiada foi ótimo para a minha carreira, pois sou recém-chegada e pode abrir muitas portas para mim e para o laboratório do qual faço parte no ICB. Foi também uma ótima experiência de comunicação porque, como os projetos eram de áreas muito distintas, é sempre um desafio explicar para quem não está inserido na discussão”, afirma a pesquisadora, em entrevista para a Assessoria de Comunicação do ICB.
O estudo atual desenvolvido pelo grupo que Santos integra utiliza modelos animais experimentais com hipertensão arterial que apresentam disfunções no sistema nervoso autônomo (SNA) e afetam as funções hepáticas e, consequentemente, o controle da glicemia. “Queremos entender como o sistema nervoso central controla a produção hepática de glicose, que está prejudicada em animais hipertensos”, destaca a pesquisadora.
No último trabalho divulgado sobre o tema, publicado em artigo na revista científica Journal of Neuroendocrinology, os pesquisadores identificaram um dos grupos de neurônios que são responsáveis por promover essa disfunção.
“Descobrimos nos animais com hipertensão que eles têm neurônios que se comportam de maneira diferente no controle das funções do fígado, incluindo a produção hepática de glicose. Esses neurônios estão presentes no núcleo motor dorsal do vago, no bulbo encefálico, conhecidos como neurônios vagais. Ao estimularmos seletivamente e de forma prolongada os neurônios desse núcleo, com a técnica de quimiogenética, houve reversão da disfunção na produção hepática de glicose”, detalha Vagner Roberto Antunes, também em entrevista à Assessoria de Comunicação do ICB. Antunes é coordenador da pesquisa e professor do ICB-USP.
“O estudo desse mecanismo pode contribuir para o desenvolvimento de novas terapias farmacológicas, mas os hábitos alimentares saudáveis e a prática de atividade física são ótimos aliados para a prevenção desses distúrbios orgânicos”, destaca o professor.
*Com informações da Assessoria de Comunicação do ICB-USP .
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