Cooperação Argentina-Brasil desenvolve vaca que secreta hormônio do crescimento no leite
25 de junho de 2003

Processo é licenciado para a empresa argentina Biosidus, que vai investir US$ 1 milhão, revela José Lino Barañao, professor da Universidade de Buenos Aires

Cooperação Argentina-Brasil desenvolve vaca que secreta hormônio do crescimento no leite

Processo é licenciado para a empresa argentina Biosidus, que vai investir US$ 1 milhão, revela José Lino Barañao, professor da Universidade de Buenos Aires

25 de junho de 2003

 

O Centro Argentina-Brasil de Biotecnologia (Cabbio), iniciativa de cooperação científica entre os dois países, foi o responsável pela criação de uma vaca transgênica que secreta o hormônio do crescimento em seu leite. A vaca pode substituir a produção desse hormônio que atualmente é feita por culturas de células in vitro. Os resultados da pesquisa foram apresentados por José Lino Barañao foto), professor da Universidade de Buenos Aires e representante argentino do Cabbio, na quarta-feira (25/06), no último dia do evento Bionegócios na América do Sul.

O desenvolvimento da vaca transgênica foi uma das conquistas do Cabbio, que existe desde 1986 e acaba de receber US$ 100 milhões em investimentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O centro une pesquisadores brasileiros e argentinos e trabalha nas áreas de saúde humana, biotecnologia aplicada a processos industriais e biotecnologia em plantas e animais.

Entre os trabalhos do centro estão o desenvolvimento de milho transgênico resistente a herbicidas, produção de alho à prova de vírus em escala experimental, melhoria de espécies para a produção de madeira, desenvolvimento de camundongos transgênicos e produção de enzimas para o tratamento de suco de laranja.

O projeto com embriões bovinos começou em 1992 e contou, em sua fase inicial, com a participação de dois pesquisadores brasileiros, José Luís Rodrigues, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e José Visintin, da Universidade de São Paulo (USP). O processo já foi licenciado para a empresa argentina Biosidus, com investimento de US$ 1 milhão para que o leite com hormônio possa vir a ser produzido comercialmente.

Entre os próximos desenvolvimentos do Cabbio está a criação de uma rede genômica e proteônica binacional, no valor de US$ 12 milhões.


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