Para Ricardo Ribeiro Rodrigues um dos desafios do Biota é direcionar a base de dados geradas para políticas públicas de conservação da biodiversidade (foto: E.Geraque/Ag.FAPESP)

Biota tem novo coordenador
06 de outubro de 2004

Ricardo Ribeiro Rodrigues, da Esalq, é o novo coordenador do Programa Biota/FAPESP. Aplicar as informações geradas para a construção de políticas públicas de conservação da biodiversidade é um dos desafios anunciado pelo cientista

Biota tem novo coordenador

Ricardo Ribeiro Rodrigues, da Esalq, é o novo coordenador do Programa Biota/FAPESP. Aplicar as informações geradas para a construção de políticas públicas de conservação da biodiversidade é um dos desafios anunciado pelo cientista

06 de outubro de 2004

Para Ricardo Ribeiro Rodrigues um dos desafios do Biota é direcionar a base de dados geradas para políticas públicas de conservação da biodiversidade (foto: E.Geraque/Ag.FAPESP)

 

Por Eduardo Geraque

Agência FAPESP - Em cinco anos de vida, o Programa Biota/FAPESP gerou um grande número de informações sobre a biodiversidade do Estado de São Paulo. Passada a fase em que a cooperação dos vários grupos de pesquisa e a integração virtual funcionaram dentro das expectativas, novos desafios estão sendo abertos. Até a coordenação do programa, feita até agora por Carlos Alfredo Joly, professor do Departamento de Botânica da Universidade Estadual de Campinas, passa a novas mãos.

Depois de um processo sadio de transição, Ricardo Ribeiro Rodrigues, professor do Departamento de Ciências Biológicas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo, é o novo coordenador do programa. Segundo revelou à Agência FAPESP, o botânico já tem bem claro quais são os dois principais desafios que serão enfrentados no início da gestão.

"Uma das vertentes é o que pode ser chamado de fortalecimento institucional do programa. A enorme quantidade de dados que foram gerados precisam ser cada vez mais integrados aos outros programas da própria FAPESP", explicou.

Um dos exemplos é a aproximação do Biota com o Programa de Melhoria do Ensino Público. "Temos, por exemplo, uma série de imagens sobre biodiversidade que poderiam muito bem ser usadas nas salas de aula, evitando um gasto maior de recursos públicos", disse Rodrigues.

Fora do escopo educacional, um outro desafio que o cientista pretende enfrentar está relacionado com a construção de políticas públicas estaduais para a área de conservação ambiental. "Devemos fazer em setembro de 2005 um simpósio, que deverá gerar uma espécie de mapa síntese da biodiversidade do Estado", anuncia.

Para o novo coordenador do Biota, esse mapa será fundamental para que se definam quais as áreas do território paulista prioritárias tanto para a conservação como para a restauração ambiental. "Tudo será feito com base em critérios científicos e apoiados na nossa base de dados", explica.

A confecção do mapa, segundo Carlos Alfredo Joly, que deixa a coordenação mas não irá se desligar do Biota, está baseada no mesmo espírito que moveu o programa até agora. "É interessante notar que cada grupo tem a sua importância não apenas dentro da área que está estudando mas também na formação de todo o conjunto", explicou.

O fato de o Ministério da Ciência Tecnologia ter anunciado que o Biota é um exemplo que deve ser replicado em todo o Brasil, para Joly tem uma importância enorme. "Isso prova que o nosso objetivo, até agora, foi cumprido", disse.


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