Vanderlei Perez Canhos, diretor presidente do Centro de Referência em Informação Ambiental, instituição responsável pela nova rede (foto: T.Romero/Ag.FAPESP)
Sistema speciesLink é lançado para disponibilizar pela internet informações contidas em museus, herbários e coleções microbiológicas. O programa de modelagem ambiental deverá servir como embrião para uma rede nacional de coleções científicas
Sistema speciesLink é lançado para disponibilizar pela internet informações contidas em museus, herbários e coleções microbiológicas. O programa de modelagem ambiental deverá servir como embrião para uma rede nacional de coleções científicas
Vanderlei Perez Canhos, diretor presidente do Centro de Referência em Informação Ambiental, instituição responsável pela nova rede (foto: T.Romero/Ag.FAPESP)
Agência FAPESP - "Não podemos falar em conservação ambiental sem um sistema eficiente de compartilhamento e gestão das informações disponíveis". A afirmação de Vanderlei Perez Canhos, diretor presidente do Centro de Referência em Informação Ambiental (Cria), ilustra bem o que motivou a criação da rede speciesLink, lançada oficialmente nesta terça-feira (5/10), na sede da FAPESP.
Integrada ao Sistema de Informação Ambiental do Programa Biota/FAPESP (SinBiota), a rede, que deverá permitir a integração dinâmica de dados sobre a biodiversidade paulista, começa além das fronteiras do Estado: a importante coleção do Jardim Botânico do Rio de Janeiro já está integrada ao sistema.
"O sistema permite a integração de diferentes grupos taxonômicos por meio de bancos de dados distribuídos e protocolos de comunicação. Com isso, será possível ligar, no futuro, as coleções biológicas a outras redes de informação do país e do exterior, por meio de softwares livres", explicou Canhos. A nova estrutura envolve registros de microrganismos, ácaros, insetos, répteis, mamíferos, peixes e tipos de madeira.
A rede compartilhará informações de coleções das três universidades paulistas e de nove institutos de pesquisa, além do Jardim Botânico fluminense. "Nós acreditamos que o speciesLink deverá ser utilizado como embrião para o desenvolvimento de uma rede brasileira de coleções científicas", afirmou o diretor presidente do Cria, instituição responsável pela nova rede.
"Com o objetivo de acomodar a biodiversidade tanto sob o ponto de vista geográfico como taxonômico, a expectativa é que o sistema tenha 750 mil registros até 2006", prevê Canhos. A idéia é que esses aplicativos possam ajudar na resolução de problemas como proteção de espécies ameaçadas, mudanças climáticas e planejamento de áreas de conservação.
"Com o avanço das ferramentas de análise, síntese e visualização dos dados, as coleções que ficarem de fora de uma plataforma como o speciesLink tenderão a ficar menos competitivas e menos visíveis para a comunidade científica", disse Canhos.
O mecanismo físico que viabiliza o novo sistema foi estruturado a partir de servidores que permitem a integração de informações por meio da Rede ANSP (Academic Network at São Paulo), a conexão de internet avançada do Estado de São Paulo e também um programa da FAPESP.
Mais informações: http://splink.cria.org.br
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