Para dar visibilidade internacional à tecnologia de biocombustíveis, governo federal demonstra a alternativa energética durante o GP Brasil de Fórmula 1

Biodiesel em Interlagos
22 de outubro de 2004

Para dar visibilidade internacional à tecnologia de biocombustíveis, governo federal demonstra a alternativa energética durante o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, que começa sexta-feira (22/10), em São Paulo

Biodiesel em Interlagos

Para dar visibilidade internacional à tecnologia de biocombustíveis, governo federal demonstra a alternativa energética durante o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, que começa sexta-feira (22/10), em São Paulo

22 de outubro de 2004

Para dar visibilidade internacional à tecnologia de biocombustíveis, governo federal demonstra a alternativa energética durante o GP Brasil de Fórmula 1

 

Agência FAPESP - A tecnologia brasileira de biocombustíveis será apresentada durante o 33º Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, que começa sexta-feira (22/10) em São Paulo. O objetivo é dar visibilidade internacional ao biodiesel.

A iniciativa é do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), em parceria com o Ministério das Minas e Energia e a Casa Civil. Será montada no interior do autódromo uma exposição para mostrar produtos e equipamentos desenvolvidos por empresas nacionais do setor. De acordo com o MCT, também será colocado à disposição dos organizadores do GP um caminhão movido com mistura de biodiesel. O caminhão percorrerá o circuito de Interlagos, conduzindo os pilotos na tradicional volta de apresentação ao público.

"O objetivo é aproveitar a grande repercussão do GP Brasil de F1 na mídia internacional e a presença dos pilotos e dos fabricantes da cadeia de automóveis para divulgarmos nossa tecnologia, sobretudo na área do biobiesel", disse o ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos.

A comercialização do novo combustível deverá começar no final de novembro, com a adição de 2% de biodiesel ao diesel fóssil vendido nas bombas dos postos. O ministro estará presente em Interlagos no sábado, quando será definido o grid de largada do GP, e no domingo, dia da corrida.

Volkswagen, Dedini, Agropalmam, BR Distribuidora, Ecomat, Guaraniana e o e Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo patrocinaram o espaço e dividirão os 95m² de área do estande com produtos e material informativo.

O Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel é uma iniciativa do governo federal para viabilizar a inserção do novo combustível no mercado, tendo como foco principal a geração de emprego e renda. Obtido a partir de óleos de origem vegetal, como mamona, dendê, soja, girassol, amendoim, algodão e babaçu, o biodiesel poderá substituir parcial ou totalmente o óleo diesel mineral.

Segundo o governo, a entrada do novo combustível no mercado deverá permitir a redução da importação do diesel, que hoje é de cerca de 15%, a criação de empregos no meio rural, por meio da agricultura familiar, e o desenvolvimento da indústria nacional de pesquisa e equipamentos.

O Brasil dispõe de um grande número de matérias-primas para a produção de biodiesel, como mamona e dendê, e de solo disponível em regiões pouco desenvolvidas economicamente. Estima-se que a produção de biodiesel para atender ao percentual de mistura de 2% possa gerar mais de 150 mil empregos em 2005, especialmente na agricultura familiar. O biodiesel também poderá ser utilizado na geração de energia elétrica em comunidades isoladas, a maioria na região Norte.

Além do suprimento interno, em um segundo momento o programa prevê a exportação do biodiesel, que já é utilizado nos Estados Unidos e em países da Europa, como França e Alemanha. Em 2003, segundo a European Biodiesel Board, a produção dos países da União Européia foi de 1,434 milhão de toneladas, com um aumento de 35% em relação a 2002. Até 2005, a meta da UE é de que 2% dos combustíveis consumidos sejam renováveis; em 2010 este percentual deve ser de 5,75%.


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