Professor Forattini discute a ética e a moral da engenharia genética em livro

Bases sólidas
17 de janeiro de 2006

Livro de Oswaldo Forattini, professor emérito da Faculdade de Saúde Pública da USP, reflete sobre o presente e o futuro da epidemiologia molecular, sem se furtar aos aspectos éticos e morais ligados ao universo genético

Bases sólidas

Livro de Oswaldo Forattini, professor emérito da Faculdade de Saúde Pública da USP, reflete sobre o presente e o futuro da epidemiologia molecular, sem se furtar aos aspectos éticos e morais ligados ao universo genético

17 de janeiro de 2006

Professor Forattini discute a ética e a moral da engenharia genética em livro

 

Agência FAPESP - São mais de 50 anos de dedicação à Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP) e à pesquisa científica. Em sua carreira, o professor emérito Oswaldo Paulo Forattini publicou mais de 200 artigos, no Brasil e no exterior. Do alto de sua experiência, e da paixão nutrida pelas ciências biológicas – apesar de ser médico de formação –, mais uma contribuição acaba de ser lançada.

Trata-se do livro Conceitos básicos da epidemiologia molecular, que acaba de ser lançado pela Edusp. "Espera-se que este livro sirva de estímulo para os que pretendem se encaminhar nesse campo emergente das lides epidemiológicas", escreveu Forattini no prefácio.

O conteúdo da obra, pelo enfoque atual e voltado para o futuro, serve para estimular e para solidificar as bases do conhecimento científico dos leitores e estudantes. Além dos aspectos essencialmente científicos da epidemiologia molecular, bastante transformados desde o início dos estudos genômicos, a obra traz discussões morais e éticas importantes. São lembretes sucintos e bastante úteis.

"Tudo o que se puder dizer, em termos gerais, sobre a ética é o que se pode concluir em: 1) a engenharia genética não é natural, pelo contrário, reveste-se de artificialismo, 2) a pesquisa científica não foi feita para correr riscos", diz o autor. Para ele, a engenharia genética pode, por múltiplas razões, ser "intrinsecamente errada" (em si mesma), ou "extrinsecamente errada" (devido às conseqüências). "Portanto, é de se passar em revista várias questões", afirma.

Para a professora Maria Teresinha Dias de Andrade, da FSP-USP, o livro "evidencia a lucidez do pesquisador e a capacidade que ele tem de se manter atualizado". Além de publicações importantes em forma de livro, Forattini, mostrando o interesse em sempre difundir o conhecimento, não apenas idealizou a Revista de Saúde Pública, em 1967, como permaneceu na sua edição até julho de 2005.

"Pela contribuições científicas, o professor Forattini é uma referência mundial na área. Para o leitor que teve a honra de ser seu aluno ou orientado, a leitura desse novo livro tem o som de sua voz", disse Maria Teresinha à Agência FAPESP.

Outro lembrete, dado por Forattini em entrevista à Agência FAPESP, em outubro de 2003, merece ser repetido, pois continua bastante atual. "No caso do controle das epidemias, seja de dengue, de cólera ou de malária, o problema está na área política. A ciência, hoje, já tem informações suficientes para enfrentar as doenças", disse.

Mais informações sobre o livro e compra on-line, no site: www.edusp.com.br/detlivro.asp?ID=409165


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