Foto: Nasa
Nova espécie descoberta por cientistas americanos dispensa oxigênio, pode sobreviver em geleiras, fossas abissais e no lixo nuclear e fornece pistas para quais formas de vida poderiam existir em Marte
Nova espécie descoberta por cientistas americanos dispensa oxigênio, pode sobreviver em geleiras, fossas abissais e no lixo nuclear e fornece pistas para quais formas de vida poderiam existir em Marte
Foto: Nasa
Os responsáveis pela descoberta, Richard Hoover e Elena Pikuta, encontraram a espécie, que batizaram de Spirochaeta americana, em sedimentos vulcânicos encontrados no Lago Mono, na Califórnia. Trata-se de um lago salgado, de base alcalina, localizado em uma região com vulcões dormentes.
O microorganismo, uma longa e fina bactéria, é conhecido como extremófilo, por ter a capacidade de sobreviver em ambientes extremos. Os extremófilos estão entre os mais velhos organismos do planeta e podem resistir em piscinas cheias de ácido, geleiras, fossas abissais, lixo nuclear e mesmo em formações rochosas dezenas de metros no interior do planeta.
"O ambiente no qual essas bactérias vivem é extremamente inóspito para o homem e para quase a totalidade das espécies", disse Elena, em comunicado divulgado pela Nasa. Diferente da bactéria encontrada, humanos e outros organismos multicelulares necessitam de oxigênio para sobreviver.
Pela capacidade de sobrevivência em condições extremas, os pesquisadores acreditam que a Spirochaeta americana possa contribuir com o estudo de quais formas de vida poderiam existir em Marte.
"Uma vez que os outros planetas do Sistema Solar não possuem atmosferas ricas em oxigênio, como a nossa, ao estudar microorganismos encontrados em regiões inóspitas nós poderemos descobrir como a vida poderia existir em Marte e em outros planetas", disse Hoover. "Se algum dia encontrarmos vida em outros planetas, provavelmente nossa primeira descoberta serão microorganismos."
A descoberta foi publicada, junto com mais três cientistas, no International Journal of Systematic and Evolutionary Microbiology. Para ler o resumo do artigo clique aqui. . Para ler o artigo completo, é preciso estar registrado.
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